Três homens e duas mulheres, de nacionalidade estrangeira e com idades compreendidas entre os 44 e os 47 anos, foram detidos no âmbito de uma investigação por “crime de rapto, extorsão agravada, ofensa à integridade física qualificada e roubo”, anunciou esta segunda-feira a Polícia Judiciária (PJ) em comunicado.

A operação, levada a cabo pela Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) e tutelada pelo DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Lisboa, foi desencadeada após uma denúncia de rapto — os cinco elementos do grupo foram detidos e presentes a interrogatório judicial, tendo quatro deles ficado em prisão preventiva; a vítima foi libertada.

Antes desta denúncia, a PJ já estava a investigar o grupo criminoso, que só escolhia pessoas da mesma nacionalidade e viciadas em jogo como alvos.

O modus operandi era sempre o mesmo: depois de identificarem os jogadores compulsivos e respetivas dívidas, os elementos do grupo ofereciam-se para lhes emprestarem dinheiro. Pormenor: cobravam taxas de juro diárias altíssimas (“exorbitantes” é o adjetivo utilizado no comunicado), impossíveis de pagar.

“Na sequência do incumprimento dos pagamentos, ou perante a perda dos montantes emprestados, o grupo criminoso atuava sobre as vítimas com extrema violência, recorrendo também a raptos, como forma de as forçar à entrega de todos os bens de valor em sua posse e ainda de outros”, explicou a PJ.

Apesar de os cinco elementos detidos terem recebido as medidas de coação de termo de identidade e residência e de quatro terem ficado em prisão preventiva, a investigação está ainda em curso, avisaram também as autoridades.

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