Gigante automóvel indiano, proprietário, entre outros, da britânica Jaguar Land Rover, a Tata Motors apresentou, no último Salão Automóvel de Genebra, uma nova submarca, de posicionamento mais desportivo, a que deu o nome Tamo. Mas agora conglomerado decidiu reduzir o investimento em marcas e modelos de nicho.

Recorde-se que a Tamo foi apresentada em Genebra já com um primeiro concept, que supostamente seria a base de um pequeno coupé desportivo, denominado Racemo. E que, tal como a própria submarca, assumia o desafio de não só renovar a imagem do construtor indiano junto dos consumidores, como também de afirmar uma nova linguagem de design.

Como propulsor, o Racemo exibia um pequeno 1,2 litros turbo, capaz de debitar uma potência máxima de 192 cv e 210 Nm de binário, ambos enviados exclusivamente para as rodas traseiras através do recurso a uma caixa automática de seis velocidades com patilhas no volante.

Mas, ao que avança a Autocar India, a Tata Motors terá decidido colocar travão a fundo no projecto, tanto do carro como da marca, na sequência da intenção de reduzir o investimento em projectos de nicho, como certamente seria a Tamo e o seu Racemo.

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Ao invés de avançar para a produção em série do modelo, o gigante indiano terá já tomado a decisão, segundo algumas fontes da companhia que a publicação diz estarem bem informadas sobre o tema, de construir apenas algumas unidades do pequeno coupé desportivo.

De resto e naquele que poderá ser mais um sinal no sentido da redução de custos, o construtor indiano terá também decidido não participar no próximo Salão Automóvel de Genebra, abdicando daquela que seria a sua 20.ª participação consecutiva num dos maiores eventos do género a nível mundial. Tendo, inclusivamente, deixado já passar o prazo para o pagamento da inscrição no certame.

Ainda segundo a Autocar India, os próximos seis meses poderão mesmo ser cruciais para o futuro da Tata Motors, mais concretamente, quanto ao objectivo assumido de não só recuperar quota de mercado e melhorar os níveis de produção, mas também reduzir custos. Sendo que, também em prol deste desígnio, o fabricante decidiu não só acabar com a competição de camiões que, com toda a pompa e circunstância, lançou em 2014, como impor uma redução de salários e bónus para todos os seus executivos de topo.