Chantek, um orangotango do sexo masculino, foi dos primeiros primatas a aprender língua gestual. Conseguia limpar o seu ‘quarto’ e memorizar o caminho para um restaurante de fast food. Morreu, esta segunda-feira, aos 39 anos, anunciou em comunicado o zoo de Atlanta.
Viveu nove anos com a antropóloga Lyn Miles, no Tennessee, EUA, mas foi no zoo de Atlanta que passou os seus últimos anos para tratar a sua doença de coração. Caracterizado pela sua “personalidade cativante”, Chantek vai “deixar muitas saudades”, dizem os funcionários do zoo. Tinha ainda algumas particularidades, como ser capaz de arrumar o seu próprio espaço, usar ferramentas e até memorizou o caminho para um restaurante de fast food, conta a BBC.
Ele tinha uma personalidade única e cativante e formas especiais de se relacionar com aqueles que o conheciam melhor. Foi um privilégio estar com ele durante 20 anos”, lê-se no comunicado.
As aprendizagens de Chantek, um dos primatas mais velhos do zoo, foram demonstradas no documentário The Ape Who Went to College, de 2014. A causa de morte ainda não é conhecida, mas suspeita-se que se deva à prolongada doença cardíaca, principal causa de morte entre grandes primatas, como o caso dos orangotangos nos zoológicos.
As espécies de Orangotango-de-sumatra e orangotango-de-bornéu estão listadas como criticamente em perigo de extinção na natureza. Ambas enfrentam quedas acentuadas em números populacionais devido à perda de habitat, indústria madeireira e invasão humana, afirmo o zoológico.
Chantek nasceu no Yerkes National Primate Research Center, em 1977.