Fabricante automóvel japonês responsável, entre outros feitos, pela divulgação do motor rotativo de combustão interna Wankel, a Mazda acaba de dar a conhecer a sua nova estratégia em termos de desenvolvimento tecnológico para os anos vindouros, a que deu o nome de “Sustainable Zoom-Zoom 2030” (“Zoom-Zoom Sustentável 2030”). E que, entre outras novidades, trará um motor de combustão a gasolina revolucionário, o primeiro no mundo a utilizar ignição por compressão.

Assumindo como objectivo declarado a redução das emissões de CO2 da companhia em cerca de 50%, até 2030, a que se seguirá uma redução na ordem dos 90%, até 2050, a Mazda descarta, no entanto, a possibilidade de vir a abdicar, pelo menos nas próximas décadas, dos motores de combustão. Prometendo continuar a “envidar esforços no sentido de aperfeiçoar” este tipo de propulsores, uma vez que acredita que a maioria dos automóveis em todo o mundo continuará a utilizar estes motores “por muitos mais anos”.

Entretanto, na calha para suceder à actual tecnologia/filosofia Skyactiv, está já uma evolução, denominada Skyactiv-X. Marcada, no caso dos blocos a gasolina, pela utilização de uma mistura entre combustível e ar que se incinera “espontaneamente quando comprimida pelo pistão”, tal como acontece no motor a gasóleo.

Economia. Motor a gasolina como se fosse a gasóleo

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Com esta tecnologia, a que a Mazda chamou de “Spark Controlled Compression Ignition”, os engenheiros da marca nipónica conseguiram ultrapassar dois dos obstáculos que impediam a comercialização dos motores a gasolina com ignição por compressão: “maximizando a área em que a ignição por compressão é possível e garantindo uma transição perfeita entre a ignição por compressão e a ignição por faísca”.

Através da combinação das vantagens dos motores diesel e a gasolina, a Mazda acredita que a sua nova tecnologia Skyactiv-X de blocos turbocomprimidos resultará num ganho, em termos de binário, entre 10 e 30%, além de uma eficiência melhorada de 20 a 30%, quando comparado com os actuais propulsores a gasolina.

Consumada a introdução no mercado desta nova tecnologia, a Mazda dará a conhecer, já em 2019, o seu primeiro veículo eléctrico, que de início estará disponível apenas em mercados que “utilizam uma elevada taxa de energia limpa na produção de mais energia ou apostam na restrição à utilização de certos veículos, como forma de reduzir a poluição no ar”, adianta o construtor em comunicado.

Um ano após a apresentação do seu primeiro automóvel eléctrico, a marca pretende dar início à realização de testes com sistemas de tecnologia de condução autónoma que actualmente se encontra a desenvolver, com o objectivo de integrá-los nos seus modelos em 2025.