Startup norte-americana de capitais chineses, a Faraday Future (FF) atravessa tempos difíceis, numa altura em que fixou já um deadline para o lançamento do seu veículo eléctrico de estreia. As dificuldades financeiras tê-la-ão obrigado a abandonar o projecto de construção de uma fábrica de ponta, no estado norte-americano do Nevada. Ou, pelo menos, pensava-se que assim seria. É que a empresa acaba de anunciar, de novo, a construção da sua primeira unidade de produção, mas agora em Hanford, na Califórnia.

Em comunicado, a FF faz saber que decidiu, mais uma vez, avançar para a construção de uma fábrica para produzir aquele que será o seu primeiro modelo de produção, o FF 91. Embora, desta feita, não no local ou nos moldes anteriormente definidos.

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Depois do accionista maioritário da FF, o gigante chinês de consumíveis de electrónica LeEco, do empresário Jia Yuetung, ter assumido recentemente que as finanças começavam a ficar apertadas, a startup sedeada em Los Angeles informa agora que a nova unidade de produção será uma instalação bem mais realista que o projecto anterior. Ficando situada num complexo industrial utilizado anteriormente para fabricar pneus, que era propriedade da Pirelli.

Sublinhando que a nova unidade industrial fica “estrategicamente localizada entre os dois principais mercados de veículos eléctricos dos EUA, Los Angeles e Silicon Valley”, a FF revela que não só já assinou o contrato de compra, como está, nesta fase, a proceder à sua limpeza, de forma a poder aí instalar o equipamento de produção. Cumprindo, assim, “mais um significativo passo em frente no objectivo da companhia de colocar o seu primeiro veículo de produção, o FF 91, no mercado, até ao final de 2018″.

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Já quanto às dificuldades financeiras do seu principal investidor, a FF volta a garantir que não afectarão os objectivos do fabricante automóvel. “A nossa nova unidade de produção é a mais recente demonstração do nosso compromisso de colocar o FF 91 na estrada, até ao final de 2018. Apesar de alguns ventos contrários com que nos temos deparado, a verdade é que continuamos milimetricamente focados nesse objectivo“, declara o vice-presidente da FF para a Produção Global, Dag Reckhorn.