Há suspeitas de que o rapto da modelo Chloe Ayling, em Milão, tenha sido encenado. Mas o advogado da britânica já veio afirmar que o caso não se trata de uma montagem, depois dos media locais terem suspeitado da história, conta o The Telegraph.

A modelo de 20 anos, supostamente raptada em Itália, foi vista, por moradores, com o alegado raptor no exterior da casa. Algumas dessas testemunhas disseram, à televisão estatal italiana RAI, que viram Chloe Ayling e Lukasz Pawel Herba, o polaco detido pelo rapto, num bar e numa loja de sapatos.

Insinuar que estava envolvida – como eu li em alguns jornais esta manhã – é apenas inconcebível”, disse o advogado de Milan, Francesco Pesce, à Reuters.

Lukasz já disse que não participou conscientemente em qualquer crime e que o seu envolvimento deve-se à intenção de arrecadar dinheiro para tratar da sua leucemia. Segundo o detido, foi contratado por romenos para alugar imóveis na Europa e armazenar a roupa que estes vendiam. Foi-lhe proposto fotografar a modelo pelo valor de 500 mil libras (cerca de 550 mil euros), mas quando percebeu que estes tinham a intenção de a raptar, não aceitou.

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Chloe Ayling admitiu à polícia que tinha chegado a Milão no mês passado para uma sessão de fotos e que foi drogada, amordaçada e colocada dentro de uma mala num carro, ficando uma semana à mercê dos captores numa casa de campo em Borgial, uma aldeia perto de Turim.

No final, o raptor terá decidido libertá-la depois de descobrir que era mãe de uma criança pequena e a ter considerado inadequada para o tráfico sexual.

As autoridades, que mantém a investigação ao caso, recusaram-se a fazer declarações.

Detido em Milão polaco suspeito de raptar e tentar vender modelo britânica na Internet