Quatro incêndios mobilizam esta quinta-feira mais de 1439 operacionais em todo o território nacional e já obrigaram ao corte da A23. A A1 também esteve cortada durante cerca de nove horas mas foi reaberta pelas 22h10. A A14 também já reabriu depois de ter estado cortada. Além disso, todos os distritos de Portugal continental ficam em alerta laranja até sexta-feira, informou a Autoridade Nacional de Proteção Civil. A circulação na linha ferroviária do Sul foi também interrompida mas entretanto reestabelecida.
Até sexta-feira e durante o fim-de-semana, o país vai enfrentar um cenário de clima “semelhante” ao de esta quinta-feira, com “um aumento da temperatura, ventos moderados a fortes em algumas regiões do país, na ordem dos 80 quilómetros por hora nas terras altas”, informou a adjunta nacional de operações, Patrícia Gaspar, que falava no briefing operacional das 19h00 esta tarde. “É um vento que vem do interior da Europa, com mais temperatura, um ar mais seco e não vai permitir a recuperação da humidade relativa no período noturno”. É, portanto, um cenário meteorológico que “propicia incêndios florestais de maiores dimensões”.
A adjunta nacional deu ainda conta das quatro principais ocorrências em Portugal:
Abrantes
A presidente da Câmara de Abrantes disse esta sexta-feira (00h30) que o incêndio que lavra há mais de 24 horas no concelho tem ainda duas frentes ativas, mas está controlado e espera que esteja resolvido “de manhã”.
O incêndio que lavra na zona de Abrantes, no distrito de Santarém, desde quarta-feira, levou ao corte da Autoestrada da Beira Interior (A23) em ambos os sentidos, mas a circulação foi restabelecida às 23h05.
Quatro aldeias – Medroa, Braçal, Amoreira e Pucariça – tiveram de ser evacuadas por precaução, tendo os habitantes sido encaminhados para o Regimento de Apoio Militar de Emergência” (RAME), no Quartel Militar de Abrantes.
As chamas consumiram, entretanto, uma casa de primeira habitação na Aldeia do Mato, tendo ficado desalojadas cinco pessoas, que se encontravam na praia fluvial local.
Fogo de Abrantes já chegou a Tomar. Há 6 bombeiros feridos e quatro aldeias evacuadas
Quatro aldeias foram evacuadas durante a tarde: Medroa, Braçal, Amoreira, Pucariça, ao todo 12 habitantes e a Proteção Civil admite que este número possa ser atualizado durante a noite.
Pelas 20h50 a autarca Maria do Céu Albuquerque informou a Lusa de que o incêndio estaria próximo do perímetro urbano da cidade, o que causa “muita preocupação” com o aproximar da noite.
“O incêndio já está dentro da cidade e todos os meios estão a ser canalizados para esse local”, declarou Maria do Céu Albuquerque, explicando que as chamas chegaram há pouco ao parque da zona industrial, o que também causa “grandes preocupações”.
O incêndio obrigou ao corte da A23 nos dois sentidos, na zona de Abrantes.
Mealhada e Montemor-o-Velho
O incêndio de Mealhada, no distrito de Aveiro, mobilizava pelas 20h, cerca de 381 operacionais apoiados já só por um meio aéreo. O fogo deflagrou perto de Barcouço, no concelho da Mealhada, e entretanto alastrou ao município de Montemor-o-Velho (distrito de Coimbra).
Este incêndio obrigou ao corte da A1 e A14 nos dois sentidos entre Coimbra Norte e Mealhada e Coimbra Norte e o nó de Arazede, de acesso à estrada nacional 335, respetivamente. A A1 foi reaberta cerca de nove horas depois, pelas 22h10. A A14 também já reabriu.
Grândola
O incêndio de Grândola, no distrito de Setúbal, mobiliza 224 operacionais e dois meios aéreos, sendo que já obrigou ao corte do IC1 entre Canal Caveira e Azinheira de Barros e suspendeu a circulação da Linha Ferroviária do Sul, que entretanto foi reestabelecida, informou a CP.
Covilhã
O incêndio de Unhais da Serra na Covilhã foi dominado pouco depois das 18h99, informou Patrícia Gaspar.
Última atualização às 00h10
