Os militares destacados para fazer rondas ao perímetro dos Paióis Nacionais de Tancos “não tinham a mínima noção” de como realizar aquela missão. De acordo com uma fonte da investigação ouvida pelo Diário de Notícias, os militares aproveitavam os momentos em que eram enviados para aquelas funções “para descansar”.

Quase um mês e meio depois do assalto, as autoridades continuam a investigar o assalto a dois dos paiolins daquela estrutura militar, mas ainda não foram realizadas detenções nem são conhecidos suspeitos concretos. Entretanto, os responsáveis pela investigação, que ouviram dezenas de militares ligados aos paióis, referem que o modelo de segurança daqueles pavilhões apresentava “vulnerabilidades muito grandes”.

Tancos. Militares estiveram 11 dias sem jipe para as rondas

“Era tão fácil, tão fácil lá entrar que as possibilidades são imensas”, diz a mesma fonte da investigação ao DN, acrescentando que “mesmo com jipes, as rondas eram mínimas porque o serviço era feito da mesma forma e qualquer que fosse a unidade”.

O assalto aos Paióis Nacionais de Tancos possibilitou o furto de centenas de peças de armamento de guerra, entre explosivos, lança-granadas, munições, entre outro equipamento. De acordo com o general Pina Monteiro, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, parte desse material apresentava deficiências, mas a maior parte não estava obsoleta e pode ser usada, ainda que com menos eficácia.

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