Comidas e bebidas dietéticas podem provocar o aumento de peso e desencadear a diabetes, segundo um estudo da Universidade de Yale publicado na revista Current Biology. Tudo isto porque não é percetível ao cérebro o número de calorias ingerido, o que provoca uma redução do metabolismo.

Os investigadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos da América, descobriram que o corpo humano deixa de queimar calorias se o cérebro fizer uma leitura de incompatibilidade entre os açúcares e as calorias presentes no produto. Através deste estudo foi possível perceber que quando os açúcares são proporcionais à carga calórica, observam-se maiores respostas metabólicas.

Naturalmente, o açúcar sinaliza energia e, quanto maior a quantidade de açúcar, mais calorias estarão disponíveis, tendo o cérebro humano evoluído para esperar que ambas surgissem em associação. Quando não acontece, pode induzir em erro e levar o cérebro a assumir que há menos calorias para queimar e, consequentemente, sucede-se a desaceleração do metabolismo.

O pressuposto de que mais calorias desencadeiam maior resposta metabólica e cerebral é errado. As calorias são apenas metade da equação. A perceção o gosto doce é a outra metade”, explica Dana Small, co-autora do estudo. “O corpo humano evoluiu para usar eficientemente fontes de energia disponíveis na natureza e agora a alimentação moderna tem presente algumas às quais o corpo não está habituado”.

Para a pesquisa foram analisados os cérebros de 15 pessoas para comparar a ingestão de bebidas dietéticas e regulares, e monitorizaram a quantidade de energia queimada.

Naveed Sattar, Professor de Medicina Metabólica da Universidade de Glasgow, disse ao The Telegraph que, atualmente, “não há evidências fortes de que as bebidas dietéticas sejam necessariamente más, no entanto existem evidências consistentes de que as bebidas açucaradas estejam mais ligadas ao maior risco de diabetes”. Por isso, aconselha que as pessoas dêem prioridade à água.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR