Já foram (sem o ser) palavra do ano, objeto de estudo linguístico e ganharam, por força das circunstâncias, cor e género. Os emojis são parte integrante dos atuais códigos de comunicação escrita e, todos os anos, são acrescentados mais à lista dos “bonecos” inventados no final dos anos 90, no Japão.

O Unicode Consortium recebeu, na semana passada, uma lista com 67 novos emojis, apresentados pelo subcomité encarregue de recolher, selecionar e preparar, todos os anos, os novos símbolos. Tratam-se, para já, de versões provisórias, que serão posteriormente analisadas, selecionadas e desenvolvidas até que, em junho de 2018, passarão a fazer parte da lista de emojis disponíveis — há atualmente mais de 1.100 emojis validados pela Unicode.

A lista proposta é extensa e inclui algumas variações dos emojis que já conhecemos, nomeadamente as “caras amarelas”, que continuam no top das mais usadas. Contudo, apesar de existirem dezenas de variações, ainda há “pessoas” que não encontram representação nos emojis: os ruivos estão entre eles. Há dois anos, conta a BBC, mais de 21 mil pessoas assinaram uma petição a pedir a inclusão do cabelo “cor de laranja” na lista, símbolo que deverá fazer parte do próximo lote de emojis.

Este tipo de escolhas não resultam, ao contrário do que possa parecer, de decisões arbitrárias, mas de uma ponderação cuidada que tem tido em conta, nos últimos anos, as questões de igualdade de género — daí que as representações de profissões, por exemplo, abranjam diferentes géneros e raças.

Por isso, a reboque dos ruivos foram propostas outras cores de cabelo e até, de estilos de corte: carecas, cabelos encaracolados e cinzentos ou brancos deverão fazer parte dos novos emoji em 2018. As opções não param de crescer e estão cada vez mais inclusivas. A lista completa pode ser consultada aqui.

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