Tradicionalmente, a aposta no futebol, como desporto de massas por excelência que é, destina-se a marcas de grande consumo, ou àquelas que anseiam conquistar rapidamente uma maior notoriedade. Foi o caso da Hyundai – juntamente com a sua “irmã” Kia –, que até ao final deste ano ainda é patrocinadora da UEFA. Mas, curiosamente, esta não é de todo a situação da Volkswagen, que agora anunciou o apoio às iniciativas da UEFA entre 2018 e 2022. Isto porque não só já é a marca que mais vende na Europa, folgadamente aliás, como lidera ainda o Grupo Volkswagen, que foi quem mais veículos vendeu em 2016, à escala mundial.
Os objectivos da Volkswagen são outros. Em vez de perseguir um reforço de notoriedade para a marca e, por tabela, para os veículos que produz, o construtor alemão vai apostar no futebol nos próximos quatro anos porque este período coincide na íntegra com lançamento da sua submarca I.D., sob a qual vai comercializar uma extensa gama de veículos 100% eléctricos.
O primeiro desses eléctricos vai surgir já em 2019, sendo conhecido até agora pela denominação I.D.Trata-se de um modelo com o espaço interior de um Passat e a dimensão exterior de um Golf, uma vez que a ausência de mecânica convencional (os motores eléctricos são menos volumosos e as baterias estão colocadas em baixo, na plataforma, o que permite conceber frentes mais curtas) permite este aparente milagre.
Um ano mais tarde, em 2020, será a vez do I.D. Crozz, um SUV mais musculado, mas igualmente eléctrico e alimentado por baterias, estando previsto o regresso do Pão de Forma para 2022.
Além destes três modelos, a Volkswagen vai ainda introduzir dois outros, o I.D. Lounge e o I.D. Aero, mas aparentemente serão exclusivos para os mercados americano e chinês, os maiores do mundo. Mas até para divulgar a sua nova gama nestes mercados fora da Europa, as competições da UEFA são uma excelente – e dispendiosa – ferramenta, tal os milhões de espectadores que, por esse mundo fora, acompanham os jogos pela televisão.
