Marca espanhola pertencente ao Grupo Volkswagen que tem procurado afirmar-se pela sua vertente mais desportiva, a Seat pode vir a reafirmar, em breve, essa mesma intenção. Nomeadamente, dando um maior destaque aos modelos Cupra, que poderão passar a ter direito um logótipo próprio, mas também com a recuperação de denominações de modelos que, no passado, assumiram claramente uma faceta mais desportiva, como era o caso dos protótipos Tango, Salsa e Bolero.

O novo logótipo foi já registado no Departamento de Propriedade Intelectual da União Europeia, revela uma imagem (ainda) mais agressiva, através das linhas cortantes de dois “esses” de costas voltadas, dentro de uma espécie de escudo quadrado, ou com a denominação Cupra na parte inferior. Soluções que, aliás, também poderão facilmente funcionar como a imagem de uma nova submarca mais desportiva, no seio da oferta do construtor espanhol.

Ainda no domínio dos logótipos, avança a Autocar, a Seat terá registado também um novo desenho do já conhecido emblema “Cupra R”, agora com uma bandeira de xadrez comprimida dentro do “R”, quiçá promessa de uma versão ainda mais vitaminada das variantes com esta sigla. As quais, recorde-se, exibem já potências a rondar os 300 cv, sendo que a caminho estará já também uma variante Cupra do novo SUV da marca espanhola, o Ateca, com chegada ao mercado prevista ainda para o final deste ano ou, o mais tardar, no início do próximo. E com os mesmos 300 cv!

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Já quanto à recuperação e registo de denominações pertencentes a antigos concepts da marca espanhola, vale a pena lembrar que o primeiro a surgir foi o Bolero, decorria o Salão Automóvel de Genebra de 1998, então com o nome completo de Seat Bolero 330 BT – sinónimo dos 330 cv de potência obtidos a partir de um V6 2,8 litros biturbo. Com apenas tracção dianteira e caixa automática Tiptronic de seis velocidades, o protótipo anunciava ainda 500 Nm de binário, acelerando dos 0 aos 100 km/h em 5 segundos, e alcançando uma velocidade máxima de 275 km/h.

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Já o concept Salsa, apresentado no Salão de Genebra de 2000, enquanto projecto que estreava uma nova linguagem de design na marca – que surgiria na estrada com a segunda geração do Leon – contava igualmente com um V6 2,8 litros a debitar 250 cv e 297 Nm, acompanhado de uma caixa automática de seis velocidades, que lhe permitia ir dos 0 aos 100 km/h em 7,5 segundos e anunciar 245 km/h de velocidade máxima. Sendo que, dois anos depois, o mesmo protótipo marcou presença no Salão Automóvel de Madrid, já com uma pintura vermelha e outras alterações.

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Finalmente, o Tango foi dado a conhecer no Salão de Frankfurt de 2001, na forma de um roadster de dois lugares, versão mais curta do Ibiza, tendo debaixo do capot um quatro cilindros 1,8 litros de 180 cv e 235 Nm, ambos direccionados apenas para as rodas da frente. Mas que também lhe permitiam acelerar dos 0 aos 100 km/h em 7 segundos e chegar aos 235 km/h. Como curiosidade, aponte-se o facto de o modelo ter começado por adoptar, ainda na fase de desenvolvimento, a denominação Tanga, e não Tango, devido às suas linhas sexy e insinuantes. Algo que, no entanto, os então responsáveis do Grupo Volkswagen terão recusado, por entenderem que seria demasiado ousado.