Neymar concordou em pagar 2,1 milhões de euros às autoridades fiscais brasileiras para pôr fim a um litígio relativo ao pagamento de direitos de imagem ao tempo em que jogava no Santos, anunciaram hoje os seus advogados.

“Calculamos que haverá 8 milhões de reais a pagar (2,1 milhões de euros). Esse valor será pago, mesmo que não concordemos com esta multa”, explicou o advogado de Neymar, Marcos Neder, em conferência de imprensa.

Neder lembrou que este processo se arrasta há mais de três anos, razão pela qual quer resolvê-lo de modo a que Neymar possa seguir em frente nesta nova fase da sua carreira, em que foi protagonista da maior transferência de sempre no futebol, ao deixar o FC Barcelona para ingressar no Paris Saint-Germain (PSG).

Em setembro de 2015, o Tesouro brasileiro congelara 188,8 milhões de reais (aproximadamente 43 milhões de euros ao câmbio da época) dos ativos de Neymar devido a impostos não pagos relativos aos direitos de imagem no período entre 2011 e 2013.

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O craque brasileiro obteve uma redução considerável da multa, embora caiba às autoridades fiscais determinar se aceitam o montante proposto pela defesa do futebolista

Os seus advogados consideram que o Neymar jamais arriscará enfrentar este género de problemas em Paris, garantindo que o PSG não pagará direitos de imagem.

“É um contrato simples, de acordo com as regras do Direito francês, que é muito rigoroso e não permite o pagamento de direitos de imagem”, explicou o advogado Gustavo Xisto.

Neymar conseguiu livrar-se de muitos dos seus problemas com a justiça brasileira, mas será julgado em Espanha devido à sua controversa transferência do Santos para o FC Barcelona, em 2013.

Os seus advogados explicaram ainda que não descartam processar judicialmente o ‘Barça’ nos tribunais receber o pagamento de um prémio de 26 milhões de euros acordado há um ano, aquando da renovação do contrato do jogador com o clube catalão, que foi prolongado até 2021.

Esse prémio deveria ter sido pago antes de 31 de julho deste ano, mas Neymar deixou o FC Barcelona três dias depois e os responsáveis do clube catalão disseram logo que estava fora de questão o pagamento do referido prémio.