O presidente da farmacêutica norte-americana Merck demitiu-se de um conselho consultivo para a indústria da administração de Donald Trump em protesto com a ausência de uma condenação mais forte dos grupos de extrema-direita que durante o fim-de-semana levaram a confrontos na cidade de Charlottesville, no Virgina, e que provocaram um morto. Donald Trump já reagiu dizendo que agora Kenneth Frazier terá mais tempo para baixar preços dos medicamentos.

A demissão de Kenneth Frazier, que é afro-americano, foi anunciada pela empresa no Twitter, com um comentário que só não nomeou Trump diretamente: “os líderes da América têm de honrar os nossos valores fundamentais rejeitando de forma clara a expressão do ódio, do xenofobismo e da supremacia de um grupo, que são contrários ao ideal americano de que todas as pessoas nascem iguais”.

No mesmo comunicado, o presidente executivo da farmacêutica diz que, como líder da empresa e pela sua própria consciência, sente que tem a responsabilidade de tomar uma posição contra a intolerância e o extremismo”.

Donald Trump não esperou muito tempo para responder ao presidente da Merck e fê-lo com um ataque ao responsável e à empresa.

“Agora que Ken Frazier da farmacêutica Merck se demitiu do Conselho do Presidente para a Indústria, ele vai ter mais tempo para BAIXAR A ROUBALHEIRA DE PREÇOS DOS MEDICAMENTOS”, disse.

Donald Trump foi muito criticado durante o fim de semana por não ter condenado diretamente os grupos de extrema-direita, uma critica que o tem seguido desde que o líder do Klu Kulx Klan (KKK) lhe declarou apoio durante a campanha às presidenciais. Em resposta ao atropelamento por um jovem de várias pessoas que protestavam contra a manifestação de extrema-direita em Charlottesville, e que provocou a morte a uma mulher, Donald Trump fez uma declaração onde condenou o ódio e a violência dos grupos das várias partes, repetindo que a crítica era às várias partes.

As críticas a estas declarações surgiram de várias partes da sociedade norte-americana, inclusivamente do seu antigo direto de comunicações na Casa Branca (só teve o emprego durante 10 dias), Anthony Scaramucci.

Este não é o primeiro caso entre os presidentes das maiores empresas e Donald Trump. Em junho, o presidente da Tesla, Elon Musk, disse que não voltaria a colaborar com os vários grupos de trabalho da Casa Branca de Donald Trump, em protesto com a decisão do Presidente de sair do acordo do clima assinado em Paris.

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