Em 2016, entre as 587 mortes na estrada, um total de 35,6% foram vítimas de acidente com álcool. Estes números, fornecidos pela Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária ao Jornal de Notícias, demonstram que houve uma subida em relação a 2015. Nesse ano, entre as 555 vítimas mortais na estrada, 34,2% morreram em acidentes provocados por álcool.

Em 2017, os números também não mostram uma evolução positiva. Entre os meses de janeiro e julho, o número de mortes ao volante era de 237, ultrapassando em 44 os óbitos verificados no ano passado. Nesses meses, em 2017, as autoridades registaram também 12.136 testes de álcool ao volante positivos, dos quais 4.834 acusaram valores acima da taxa-crime, fixada nos 1,2 gramas de álcool por litro de sangue — o que perfaz um total de 39,8%.

Mesmo nos casos em que não há mortos a registar, os números também pioram de 2015 para 2016. Segundo a ANSR, em 2015 foram feitas 23.428 contraordenações por álcool ao volante e em 2016 o número subiu para 25 299 — um aumento de 8%.

No que diz respeito especificamente aos acidentes com carros, o número de pessoas que morreram nas estradas vítimas de acidentes onde pelo menos um condutor tinha álcool no sangue diminuiu ligeiramente. Se por um lado o número subiu de mortos em acidentes com automóveis subiu de 264 para 276 entre 2015 e 2016, por outro a percentagem em que havia álcool diminuiu de 41,6% para 37,3%. Também a percentagem daqueles em que os condutores acusaram taxa-crime (acima dos 1,2 gramas de álcool por litro de sangue) diminuiu de 21,9% para 21,3%.

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