As autoridades moçambicanas vão expulsar dez cidadãos da Tanzânia condenados por envolvimento na caça furtiva na Reserva Nacional do Niassa, norte de Moçambique, anunciou esta quarta-feira o Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER).

Segundo um comunicado do MITADER, os 20 cidadãos de nacionalidade tanzaniana foram condenados recentemente a penas entre três e quatro anos e ao pagamento de multas no valor total de um milhão de meticais (cerca de 14 mil euros).

O tribunal emitiu um mandado no qual decide que, dentro de um prazo de 20 dias, os condenados deverão ser repatriados para o país de origem”, refere a nota de imprensa.

O MITADER diz que a decisão de expulsão foi também motivada pela necessidade de aliviar a cadeia onde os condenados estão presos, uma vez estar superlotada, além do seu envolvimento numa atividade ilegal, no caso a caça furtiva. No processo em que foram julgados os dez tanzanianos, foi também condenado um moçambicano, a uma pena de quatro anos, acrescenta a nota de imprensa.

Para concretizar a medida de expulsão, a Reserva Nacional do Niassa em colaboração com a Polícia da Guarda Fronteira e os Serviços de Migração estão a criar condições logísticas necessárias para o acompanhamento dos condenados até à vizinha Tanzânia.

As reservas e parques naturais moçambicanos são alvos da ação de caçadores furtivos, que abatem rinocerontes e elefantes para a extração de cornos e pontas de marfim destinados, principalmente, ao mercado asiático.

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