Pelo menos 59 civis, entre os quais numerosas crianças, morreram desde segunda-feira em Raqa, na Síria, em bombardeamentos da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, informou esta quinta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

A coligação formada por dezenas de países fornece um apoio aéreo essencial às Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança árabe-curda que luta para afastar os jihadistas do grupo Estado Islâmico de Raqa, o seu principal feudo na Síria, situada no norte do país. Os combates em Raqa centram-se hoje na cidade velha, da qual as FDS já controlam 70%, e nos bairros de Al-Dariya (oeste), Al-Barid (noroeste) e Al-Mourour (centro), afirmou o OSDH.

Desde segunda-feira, os bombardeamentos da coligação causaram um total de 59 mortos entre os civis, dos quais 21 crianças, precisou o observatório. A coligação internacional diz tomar medidas para evitar vítimas civis, mas desde 2014 reconheceu ter sido responsável pela morte de 624 civis nos ataques aéreos. Algumas organizações considerem que este número é bastante subestimado.

Capturada pelos jihadistas em 2014, a cidade de Raqa tornou-se o símbolo das atrocidades do Estado Islâmico, assim como uma base para a planificação de atentados realizados no estrangeiro. As FDS iniciaram em novembro de 2016 a ofensiva para a reconquista de Raqa, onde entraram a 6 de junho. Segundo a ONU, existirão ainda entre 10.000 e 25.000 habitantes “aprisionados” na cidade.

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