O estado de calamidade vem “responder ao risco acrescido de incêndio dos próximos dias” e vai incidir em 155 concelhos do país, particularmente nos concelhos das zonas centro e norte interior do país. Vai estar em vigor durante todo o fim de semana, mobilizar todos os meios disponíveis, tal como permitir um reforço das patrulhas de vigilância nas florestas. Desse reforço, haverá um acréscimo do número de efetivos das Forças Armadas e da GNR, bem como a mobilização de mais dois meios aéreos. Esses meios aéreos vão patrulhar durante o período noturno de forma a “detetar focos de calor e movimentações suspeitas”, para uma atuação mais pronta em caso de criminalidade. A

Foi assim que António Costa explicou o estado de calamidade pública preventivo decretado esta quinta-feira. O primeiro-ministro lembrou ainda que 40% dos incêndios têm surgido durante a noite, o que justifica esse reforço aéreo. Já a PSP irá disponibilizar condutores para as viaturas das equipas especiais e o Ministério da Agricultura vai ajudar com “meios móveis adaptados ao terreno para reforçar essa vigilância”. O estado de calamidade pública prevê ainda acionar todos os planos de emergência dos distritos, para uma pronta resposta a qualquer ocorrência.

Temos por parte do IPMA uma indicação de que vamos ter um risco acrescido de incêndio em risco máximo ou muito elevado que se vai agravar nos próximos dias, seja pelo aumento de temperatura seja pela diminuição do grau de humidade, inclusive durante a noite”, justificou Costa.

António Costa anunciou também que estão proibidos quaisquer comportamentos de risco – como a utilização de fogo de artifício ou de qualquer outro elemento pirotécnico.

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O primeiro-ministro agradeceu o “apoio essencial dos Bombeiros Voluntários que, nos últimos dias, têm ajudado a Proteção Civil no combate aos incêndios”. Também essas equipas serão reforçadas e “todos os bombeiros voluntários terão direito a dois dias de descanso por cada dia de participação no combate aos incêndios durante este período de calamidade“, assegurou.

António Costa falava esta manhã aos jornalistas na sua residência oficial em São Bento onde explicou como vão ser mobilizadas as forças de segurança nos próximos dias, depois de ter anunciado o estado de calamidade pública. O estado de calamidade pública vigora entre as 14 horas desta sexta-feira e as 24 horas de segunda-feira.

Estado de calamidade pública: o que realmente significa?