O saldo da balança corrente e de capital registou um agravamento durante o primeiro semestre de 2017, de acordo com os números divulgados nesta segunda-feira pelo Banco de Portugal. O défice externo aumentou para 685 milhões de euros, depois de se ter fixado em 356 milhões durante os primeiros seis meses de 2016.

A deterioração do défice ficou a dever-se à redução do excedente da balança de bens e serviços, ao baixar em 412 milhões de euros em comparação com o primeiro semestre do ano passado. A baixa do superávite foi o resultado de um crescimento mais acentuado das importações de bens em relação ao ritmo de aumento das exportações. Enquanto as vendas de mercadorias ao exterior subiram 12,1%, as compras avançaram 14,7% durante os primeiros seis meses do ano corrente.

O crescimento, para 825 milhões de euros, do saldo positivo da balança de serviços, em que se integram as receitas da atividade turística, “foi insuficiente para compensar o aumento do défice da balança de bens”, assinala o Banco de Portugal. Na rubrica de “viagens e turismo”, o excedente subiu 808 milhões de euros e atingiu 3.953 milhões de euros no final do primeiro semestre de 2017.

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