Dois restaurantes da McDonald’s no Reino Unido, em Cambridge e Crayford, preparam uma greve para 4 de setembro — o dia em que se comemora este ano o Dia do Trabalhador nos Estados Unidos. A data escolhida foi anunciada esta 2.ª feira e tem como objetivo facilitar uma ação coordenada com aliados em todo o mundo.

A decisão de fazer greve foi aprovada por votação na passada sexta-feira. Os trabalhadores têm como objetivos a reivindicação de salários de 10 libras por hora (cerca de 11 euros), contratos com horas mínimas garantidas e reconhecimento formal de sindicatos. Ian Hodson, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Padeiros, da Alimentação e Aliado (BFAWU na sigla original), esclareceu num artigo de opinião publicado na edição britânica do Huffington Post que os trabalhadores da McDonald’s realizarão a sua primeira greve em solo britânico “devido à incapacidade da empresa de lhes oferecer condições de trabalho aceitáveis, segurança no trabalho ou até um salário condigno”.

A ação liderada pelo BFAWU está a ser levada a cabo com o apoio de membros do sindicato Unite da Nova Zelândia, que conseguiu impor um salário mínimo de 15 dólares por hora (cerca de 13 euros) no seu país. De acordo com o jornal The Guardian, uma delegação de trabalhadores belgas irá também viajar para Londres para se unir ao protesto.

Um porta-voz da McDonald’s reagiu na passada sexta-feira ao anúncio de greve, confirmando a mesma mas realçando a sua fraca adesão. “Um pequeno número dos nossos trabalhadores, que representa menos de 0,01% da nossa força de trabalho, tenciona fazer greve em dois dos nossos restaurantes”, afirmou a mesma fonte.

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