Duas pessoas foram detidas na segunda-feira em Macau pela suspeita de envolvimento numa rede de imigração ilegal que estaria a operar desde dezembro do ano passado, informou esta terça-feira a Polícia Judiciária (PJ).

Os dois suspeitos, de 46 e 40 anos, que ofereceram resistência e tentaram fugir, foram detidos à saída de um estaleiro de obras, perto da costa, na Avenida do Aeroporto, na ilha da Taipa, disse fonte da PJ à agência Lusa.

Segundo a PJ, os dois suspeitos foram intercetados depois de um deles — que entrou em Macau na manhã de segunda-feira legalmente pela fronteira das Portas do Cerco, na península, — ter sido colocado sob vigilância pela suspeita de que estaria a preparar-se para ajudar o outro, natural da China, a entrar ilegalmente no território.

Segundo a investigação da PJ, os imigrantes ilegais contactavam a rede de imigração ilegal através da Internet e pagavam entre 5.000 a 10 mil renminbi (entre 637 e 1.275 euros) por cada entrada ou saída da Região Administrativa Especial.

Este caso teve lugar um dia depois de a PJ ter detido sete indivíduos, incluindo dois agentes do Departamento de Migração da Polícia de Segurança Pública (PSP), por suspeita de envolvimento num esquema de entrada e saída de imigrantes ilegais do território.

A PJ continua a investigar o caso relativo a essa rede de imigração ilegal que estará a operar há pelo menos oito meses e terá providenciado entradas e/ou saídas ilegais de Macau em pelo menos dez ocasiões, num valor global de pelo menos 300.000 dólares de Hong Kong (32.660 euros).

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