Chapéus, isqueiros, esferográficas, lápis, aventais. Estes são alguns dos brindes que os candidatos eleitorais oferecem, tradicionalmente, durante as campanhas eleitorais — e a disputa das autárquicas de 1 de outubro vai contar com um total de 4,8 milhões de euros gastos nestas ofertas. Segundo contas do Jornal de Notícias, a partir dos orçamentos entregues pelas candidaturas ao Tribunal Constitucional, o Partido Socialista (PS) é o partido que mais vai investir nesta forma de marketing político: quase dois milhões de euros.

O PS pediu contenção nos gastos das campanhas autárquicas mas, ainda assim, vai gastar mais 600 mil euros do que o PSD e o CDS juntos. Com uma grande proporção de candidatos independentes nestas autárquicas, as contas do JN indicam que estes irão gastar em brindes, no total, cerca de 636 mil euros. A CDU gasta 500 mil euros e o Bloco de Esquerda 7,3 mil euros.

Quanto a candidaturas específicas, o que vai gastar mais, segundo o JN, é Ricardo Rio — candidato do PSD/CDS/PPM à Câmara Municipal de Braga. Vai gastar 110 mil euros em brindes, um valor explicado pelo número elevado de uniões administrativas (37). Mas essas uniões administrativas representam 62 antigas freguesias e, portanto, foi atribuído um teto máximo de mil euros por cada uma. O que sobra é para a própria candidatura de Ricardo Rio, à Câmara, e para o IVA, explicou a candidatura.

Por outro lado, são várias as candidaturas que deixaram de gastar dinheiro em brindes e o JN destaca o caso de Jorge Magalhães, candidato do PSD a Matosinhos. Também na região Norte, a candidatura de Rui Moreira ao Porto apenas vai oferecer chapéus de palha.

No total, são 4,8 milhões de euros que se prevê gastar nestas ofertas, uma oportunidade de negócio para as empresas do setor.

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