A policia federal brasileira está a realizar esta quarta-feira a 45.ª fase da Operação Lava Jato para investigar alegados pagamentos de subornos feitos por uma empresa norte-americana a advogados brasileiros em troca de vantagens indevidas em contratos com a Petrobras.

Em comunicado, as autoridades policiais anunciaram que desencadearam a ação porque identificaram “novos interlocutores que atuaram junto da Petrobras para favorecer a contratação de empresa privada e remunerar indevidamente agentes públicos”.

De acordo com os elementos citados pela polícia, o alvo principal é Tiago Cedraz — advogado e filho do juiz Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU) — e outro advogado, os quais teriam participado em reuniões com a empresa norte-americana Sargeant Marine para acordar o pagamento de subornos a agentes da empresa petrolífera estatal Petrobras.

A polícia federal acrescentou que os dois terão recebido comissões pela contratação da empresa americana pela Petrobras, e que os pagamentos foram depositados em contas de bancos suíços, em nome de uma empresa offshore.

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Denominada “Abate 2”, esta nova operação é um desdobramento da 44.ª fase da Lava Jato, em que foi preso o ex-deputado Cândido Vaccarezza, que, segundo a polícia apurou, também estará envolvido na mesma operação de suborno.

O ex-deputado, que foi líder do Governo na câmara baixa nas gestões dos ex-presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff, foi detido na semana passada sob a acusação de receber cerca de 500 mil dólares (423 mil euros) de suborno da Sargeant Marine.

Vaccarezza, porém, foi autorizado a sair da prisão nesta terça-feira para tratamentos médicos.