O diretor técnico nacional de canoagem, Ricardo Machado, fez nesta quinta-feira um “balanço geral positivo” da estreia nos Mundiais da República Checa, em que Portugal garantiu duas finais A e três B em Racice. “O balanço geral é positivo. Em quatro das cinco provas tínhamos aspirações a lutar pela final, conseguimos 50% de sucesso. Temos consciência de que os que falharam foi por muito pouco, com o quarto lugar. Há um trabalho para fazer. Estamos apenas no inicio do ciclo olímpico”, recordou.

Fernando Pimenta em K1 1.000 e Teresa Portela em K1 500 vão disputar no sábado as regatas das medalhas, enquanto o K2 1.000 de Emanuel Silva e João Ribeiro, o K2 500 de Joana Vasconcelos e Francisca Laia e a C2 de Beatriz Barros e Márcia Faria procurarão o melhor lugar entre o 10.º e o 18.º.

Sexta-feira entram mais cinco tripulações em prova, com o responsável a manter o “objetivo ambicioso de chegar aos nove melhores do Mundo”. “Nas finais tudo é possível. Nos últimos anos temos demonstrado que nas finais a canoagem portuguesa luta sempre pelo primeiro lugar. Os nossos atletas são muito ambiciosos, trabalham muito ao longo do ano para chegar nas melhores condições e representar Portugal ao mais alto nível”, concluiu.

João Ribeiro não escondia o desalento pelo quarto lugar, mas recordou que a Alemanha, Hungria e República Checa “eram os principais candidatos à final”. “Fizemos uma boa prova, mas eles foram melhores do que nós. E, sim, não termos feito o K2 1.000 nos Europeus não dos deu uma referência para os nossos adversários. Ao longo do ano apostámos mais no K4 500, que está a andar mais”, explicou.

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João Ribeiro garante que este resultado “não afeta o moral” do K4, composto ainda por David Fernandes e David Varela. “Claro que gostaríamos de estar na final, pois é para isso que treinámos, mas sexta-feira já vamos de cabeça limpa e certamente faremos um bom resultado”, frisou.

As ainda juniores Beatriz Barros e Márcia Faria foram sétimas e atingiram a final B, numa estreia precoce em Mundiais com “muitos nervos” traduzidos na dificuldade em alinhar à partida e uma falsa largada. “A prova correu bem. A final B era o nosso objetivo, pois somos ainda muito novas para os mundiais seniores. Muitos nervos e tensão antes da largada, mas cumprimos com o objetivo”, congratulou-se Beatriz Barros.

Márcia Faria, que é ainda júnior do primeiro ano, destacou a importância de terem conseguido “manter o ritmo até ao fim” e admitiu que na final B certamente ainda haverá “nervosismo” a marcar a sua atuação.