Em Pointe-de-Cascades, a cerca de 80 quilómetros de Montreal, no Canadá, os ânimos exaltaram-se esta semana por causa de um monumento: uma âncora colocada no jardim da cidade que tem duas cruzes suásticas pintadas.

O fundador do grupo “Erasing Hate” [Apagar o Ódio], Corey Fleischer, tentou pintar por cima das suásticas na última quinta-feira quando foi interrompido a meio do processo pelo autarca local, Gilles Santerre, que chamou as autoridades para que o ativista fosse retirado do local.

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Esta terça-feira, o autarca divulgou um comunicado onde garante que “a vila de Pointe-des-Cascades não apoia o nazismo”. “A nossa vila tem uma bonita comunidade e um espírito de família, e promove eventos que juntem toda a gente”.

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Santerre referiu ainda que o monumento faz parte da história local e que a âncora em questão pertencia a um navio mercantil, datado de antes da Segunda Guerra Mundial, e que foi descoberto por mergulhadores há 25 anos. O autarca canadiano citou ainda um artigo que explicava que a suástica já existia antes do movimento que levou Hitler ao poder, e que sempre foi um símbolo de paz.

Gilles Santerre afirmou ainda que os símbolos não vão ser retirados, mas prometeu que seria colocada uma placa descritiva junto ao monumento para minimizar as indignações de quem visita a vila.

O ativista acabou por aceitar que o símbolo em tempos significou paz e boa sorte, mas defende que símbolos e monumentos destes não deviam estar em espaços como jardins, mas sim em museus. “Já não é um sinal de paz, nem de alegria”, disse à CBC.