Dos 56 milhões de euros previstos pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) para serem aplicados na prevenção dos incêndios, apenas 10,2 milhões foram efetivamente gastos na prevenção, escreve o Público. 40 milhões de euros foram utilizados na compra de veículos e na melhoria estrutural dos quartéis.

Sobram 5,8 milhões do programa financiado pelo Fundo de Coesão que foram aplicados em “ações inovadoras para a prevenção e gestão de riscos”, nomeadamente em instrumentos de planeamento, monitorização e comunicação e sensibilização.

Os números constam do balanço das candidaturas já aprovadas pelo PO SEUR que, em resposta ao Público, garante não existirem diferenças prioritárias entre um jipe e uma faixa de gestão de combustível (um troço criado na floresta para travar um incêndio), porque “o reforço das condições de operação das entidades responsáveis pelo combate aos incêndios reforça também a sua prevenção e a minimização dos seus efeitos”.

O PO SEUR exclui investimento privado e estrutural da floresta, o que permitiu que as corporações de bombeiros arrecadassem 71% dos fundos comunitários.

O Ministério da Agricultura, que confirmou que a verba utilizada na prevenção dos comportamentos de risco de incêndio não ultrapassou os 10,2 milhões, considera que o valor deve ser “complementado com os apoios distribuídos através de outros instrumentos”, nomeadamente com as verbas previstas no Programa de Desenvolvimento Rural, destinado ao investimento privado na agricultura e nas florestais, que aguarda reestruturação orçamental da parte do Governo.

Ao todo 64 quartéis vão usufruir de fundos comunitários, que cobrem 85% da despesa total. Além das intervenções ao nível das obras, vão ser modernizados equipamentos e veículos. Também a GNR assegurou 893 mil euros para renovar a frota de veículos utilizados nos espaços florestais.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR