O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) apelou este sábado aos angolanos a desencorajarem e condenarem “as tentativas de provocar distúrbios e instabilidade”, por aqueles que têm “um historial de destruição e desordem no país”. Em comunicado, a que agência Lusa teve acesso, sem citar nomes, atribui a intenção desses atos àqueles que “não foram capazes de captar a simpatia do eleitorado, tendo saído derrotados”.

Na quarta-feira, Angola realizou eleições gerais, tendo sido vencedor o partido MPLA, de acordo com os dados provisórios divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), com 61,70% dos votos, resultado que os partidos da oposição contestam por, alegadamente, não corresponder à contagem feita com base nas atas sínteses.

Na sua mensagem, o MPLA sublinha que, na quarta-feira, “o povo angolano, os cidadãos eleitores, deram mais uma prova de civismo, ao participarem massivamente e de forma ordeira, no exercício do seu direito de voto”, restando apenas esperar pela declaração dos resultados dessa votação a ser feita pela CNE.

“Na realidade, os resultados do escrutínio provisório apontam para a vitória, por maioria qualificada, do MPLA nestas eleições, correspondendo aos banhos de multidões, que a opinião pública nacional e internacional teve a oportunidade de constatar, durante a campanha eleitoral e, também, no período que a antecedeu”, refere a nota.

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O documento lembra que, “assim, o próximo Presidente da República de Angola será o camarada João Manuel Gonçalves Lourenço, e o vice-Presidente o camarada Bornito de Sousa Baltazar Diogo”.

O partido liderado por José Eduardo dos Santos realça que a “história recente” angolana, demonstra que “nestas alturas, a oposição, derrotada, procura sempre confundir a opinião pública nacional e internacional, dizendo que ganhou as eleições, levando o espantalho da fraude, para, em vão, procurar travar a divulgação dos resultados definitivos pela entidade competente, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE)”.

O partido no poder em Angola, desde 1975, acrescenta que “a organização e a transparência de todo o processo eleitoral, nomeadamente no dia da votação, foram constatadas pelos eleitores e pelos observadores nacionais e estrangeiros que, por esse facto, não têm irregularidades de relevo a assinalar e tiveram a participação de delegados de lista de todos os partidos que concorreram”.

Os últimos dados provisórios da CNE, consultados pela Lusa, até às 21:00 de sexta-feira apontavam para a liderança do MPLA com 61,05% dos votos, atribuindo à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) 26,72% dos votos, à Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) 9,49%, ao Partido de Renovação Social (PRS) 1,33% e à Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) 0,91%.