O líder do PSD acusou esta noite o Governo de só pensar em “dar dinheiro e na popularidade”, avisando que “era importante fixar objetivos de médio e longo prazo” e mostrou disponibilidade apenas para consensos que “gerem crescimento económico”.

“É preciso saber o que se quer, não ter medo de ir contra a corrente, em vez de estar sempre a dizer ‘amém’ ao Bloco de Esquerda e ao Partido Comunista Português, a pensar em dar dinheiro, a distribuir benesses, a pensar na popularidade, era importante fixar objetivos de médio e longo prazo e, apesar de estar na oposição, não me importava nada de estar a contribuir para que se gerasse no país um clima que sustentasse um crescimento maior para futuro”, afirmou Pedro Passos Coelho, em Terras de Bouro, distrito de Braga.

A discursar na apresentação dos candidatos às autárquicas daquele concelho, o ex-primeiro-ministro apontou ainda o dedo ao executivo de António Costa, a quem acusa de “nada fazer” a pensar no longo prazo, afirmando que “é extraordinário” que se deem aumentos a um mês das eleições autárquicas, mas, avisou o líder do PSD, isso não vai enganar a população na hora do voto.

“Não vemos nada que o Governo esteja a fazer a pensar no longo prazo, o nosso Governo, infelizmente, só tem vindo a trabalhar com a preocupação do curto prazo. Então agora, com as eleições autárquicas, tem sido extraordinário, até aumentos extraordinários tivemos a um mês das eleições autárquicas, eles acham que as pessoas só reagem com a carteira, mas estão equivocados, as pessoas sabem bem o que se passa”, disse.

“Ninguém deita fora aumentos extraordinários que lhes possam dar, mas as pessoas sabem bem que esses aumentos extraordinários acontecem porque há eleições”, alertou o líder social-democrata.

Passos Coelho disse ainda que gostava era de ver o Governo “preparado para falar em reformas importantes”, como as da Segurança Social, Educação, Saúde, Defesa, “que é como quem diz, da Economia, às políticas sociais e ao Estado”, mas, em vez disso, criticou, António Costa pede consensos para as grandes obras públicas. “Nem fazemos ideia do que estão a pensar, estávamos à espera de ouvir o Governo falar de grandes consensos quanto às reformas que hão de sustentar a criação do emprego, o crescimento da Economia no médio e longo prazo”, apontou.

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