A Venezuela está a preparar uma resposta às sanções financeiras recentemente impostas pelos Estados Unidos, que será anunciada a 1 de setembro, disse este domingo a presidente da assembleia constituinte, Delcy Rodríguez.

O anúncio foi feito durante uma intervenção transmitida pelo canal estatal Venezuelana de Televisão (VTV), no âmbito de uma sessão da assembleia constituinte, que teve lugar no Parque Ezequiel Zamora, no centro de Caracas.

“A Venezuela é um país com recursos para ser uma potência e as forças imperiais fizeram um cerco para afetar o povo venezuelano, tiraram a máscara ao anunciar sanções contra o povo venezuelano”, afirmou a presidente.

Segundo a também ex-ministra venezuelana de Relações Exteriores, o anúncio das medidas financeiras contra a empresa estatal Petróleos da Venezuela SA (PDVSA), impostas pela administração de Donald Trump, faz parte de “um processo que tem como fim a intervenção” do país.

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“Desde 2015 que eles [EUA] começaram a dizer que se houvesse uma crise humanitária na Venezuela iriam intervir militarmente. Face a essas ameaças, o Presidente Nicolás Maduro manteve [medidas para] proteção do povo e atenção às necessidades essenciais “, disse.

Segundo Delcy Rodríguez, a política intervencionista dos Estados Unidos na Venezuela já tem um precedente, quando o ex-presidente dos EUA Barack Obama assinou um decreto em que classificava a Venezuela como uma ameaça inusitada e extraordinária para a política e segurança norte-americana.

“Isto não pode ficar impune. Não podemos esquecer do que são capazes”, defendeu a presidente da assembleia constituinte.

Segundo Delcy Rodríguez, a assembleia constituinte e a comissão da verdade – criada pela Assembleia Constituinte – são os instrumentos para lidar com as expressões de ódio e de violência política contra o país.

Casa Branca: “Não ficaremos parados perante o desmoronamento da Venezuela”

A Casa Branca impôs na sexta-feira novas sanções financeiras à Venezuela, entre as quais a proibição de comprar novas obrigações emitidas pelo Estado venezuelano ou pela companhia petrolífera nacional.

“Não ficaremos parados perante o desmoronamento da Venezuela”, explicou a Casa Branca no comunicado que anunciava as sanções.