O vice-presidente da Câmara Municipal de Almeida mostrou-se satisfeito esta segunda-feira com o acordo celebrado com a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que permite disponibilizar novamente serviços bancários aos habitantes da vila.

Embora extinta a agência [da CGD], o acordo permite a manutenção da generalidade dos serviços bancários que irão ficar provisoriamente nas instalações da antiga agência, até ocorrer a mudança para as instalações da autarquia”, disse à agência Lusa o vice-presidente do município de Almeida, Alberto Morgado.

Fonte oficial da CGD disse à Lusa que o acordo celebrado, na terça-feira, com a Câmara de Almeida “não implica a reabertura da agência de Almeida, que foi definitivamente encerrada”.

“A CGD esteve, desde o início, disponível para encontrar soluções que pudessem assegurar diversos serviços da Caixa em Almeida. O acordo alcançado entre a CGD e a Câmara Municipal de Almeida vai exatamente nesse sentido. Este acordo, contudo, não implica a reabertura da agência de Almeida, que foi definitivamente encerrada”, explicou a fonte. O vice-presidente da autarquia de Almeida disse à Lusa que concorda com o teor do comunicado, uma vez que as conversações foram iniciadas “na irreversibilidade da extinção do código da agência da CGD” em Almeida.

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Pese embora não existir a reabertura da agência, isso não significa que não sejam disponibilizados a generalidade dos serviços que vão ao encontro das necessidades das repartições públicas e dos clientes particulares e empresas”, alegou Alberto Morgado.

Segundo o autarca, com o acordo, que “permite a manutenção da generalidade dos serviços bancários, exceto o serviço de tesouraria presencial”, os clientes da CGD da vila de Almeida, no distrito da Guarda, “passam a ter um serviço presencial, condigno, que vai ao encontro da aspiração dos habitantes e das repartições públicas”.

Alberto Morgado anunciou esta segunda-feira que o município assinou um protocolo com a CGD que “permite alargar as respostas dos serviços bancários às instituições públicas, aos privados e às empresas, ainda que mantendo-se a extinção do código 0057 [correspondente à ex-agência de Almeida]”.

Segundo o responsável, “aquilo que inicialmente estava previsto, que era transitoriamente existir presença humana e atendimento em área automática, passará a ser [em breve] atendimento presencial permanente, indo ao encontro das necessidades das repartições públicas, dos particulares e das empresas, uma vez que se trata de uma sede de concelho”.

O fecho da agência de Almeida faz parte do plano da CGD para encerrar 61 agências por todo o país e consta da reestruturação do banco público acordada com a Comissão Europeia, na sequência da recapitalização de cerca de 5.000 milhões de euros. O encerramento do balcão da CGD da vila de Almeida foi anunciado em abril. Logo nessa altura, os habitantes e os autarcas do concelho manifestaram-se contra essa possibilidade e chegaram a ocupar as instalações.

Autarcas e populares ocupam balcão da CGD em Almeida, na Guarda. Protestam contra o fecho

Após o encerramento da agência, em maio, as ações de protesto foram realizadas em Vilar Formoso – onde funciona a única agência da CGD do concelho de Almeida – e os ânimos só acalmaram após o presidente da Câmara Municipal, António Baptista Ribeiro, ter reunido, no dia 16 de maio, com o Presidente da República. As negociações então iniciadas culminaram com a assinatura de um protocolo entre a autarquia e a CGD.