A embaixada americana confirmou oficialmente a morte do fotojornalista Christopher Allen e foi a própria embaixada a notificar a família. O porta-voz do Exército do Sudão do Sudão, Domic Chol Santo, confirmou que ”Allen foi morto na manhã de sábado, quando rebeldes da oposição atacaram a cidade de Kaya perto das fronteiras com Uganda e Congo. No terreno, cerca de 16 corpos foram encontrados perto da base militar do SPLA – Sudan People’s Liberation Army, incluindo este homem branco”. Três soldados do governo foram também mortos, disse o mesmo porta-voz.

O corpo do jornalista foi transportado para o hospital militar na capital do sul do Sudão, Juba. O porta-voz da oposição, William Gatjiath Deng, disse que Allen e outros dois jornalistas passaram duas semanas com as forças rebeldes em Bazi, perto de Kaya, e estavam na base militar quando as tropas do sul do Sudão atacaram.

Allen foi morto a tiro, confirmou Deng, já os outros dois jornalistas que o acompanhavam, conseguiram escapar ao ataque.
“Estamos tristes pela sua família. Ele veio aqui para contar a nossa história”, disse um rebelde que ajudou Allen durante o tempo em que o jornalista esteve naquele zona. “Ele estava no meio da guerra e devidamente protegido com colete anti-bala e identificado como jornalista”.
A página da rede social Twitter “War Zone Freelance Project”, projeto que junta jornalistas que cobrem cenários de guerra, confirmou também a morte do jornalista americano, membro deste grupo.

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Esta guerra civil, no sul do Sudão, dura há quatro anos, contabilizando já milhares de mortos. Apesar da região ser abundante em petróleo é bastante pobre, criando uma das crises de refugiados mais rápida de sempre, a maior parte fugiu do Sudão em direção ao Uganda.