A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pediu a nomeação de uma auditor independente para fixar o preço da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Meo sobre a Media Capital.

Em comunicado, o supervisor da bolsa justifica esta pedido, feito à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, com a “impossibilidade de determinar a contrapartida por recurso aos critérios estabelecidos no código de valores mobiliários, atenta à reduzida liquidez das ações da Media Capital, circunstância essa que faz presumir, por si só, a falta de equidade da contrapartida fixada com base nesses valores”. A CMVM refere que nestas circunstâncias, o preço mais elevado resulta do acordado entre o comprador e o vendedor, neste caso a Prisa que controla mais de 90% das ações da Media Capital.

Em julho deste ano, a Altice, através da PT/Meo, anunciou um acordo para comprar a participação da Prisa na Media Capital, dona da TVI, lançando em simultâneo uma OPA obrigatória sobre as ações dispersas no mercado. O preço de 2,5546 euros por ação tinha sido considerado adequado pela administração da Media Capital que, no entanto, tinha sinalizado a possibilidade de um aumento da contrapartida.

OPA da Altice. Media Capital quer manter estratégia editorial e sugere subida do preço

Mais do que a OPA, que se destina a um número reduzido de ações, correspondentes a pouco mais de 5% do capital, a compra da Media Capital terá ainda de receber a luz verde dos reguladores portugueses. A operação foi notificada à Autoridade da Concorrência no dia 18 de agosto e o processo de autorizações envolve também um parecer vinculativo da Entidade Reguladora da Comunicação Social

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