Quatro empresas portuguesas dos setores da saúde, construção e tecnologias da informação avaliam de domingo até dia 8 oportunidades de negócio no Equador numa missão empresarial organizada pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Colombiana (CCILC).

Em declarações à agência Lusa, a presidente executiva daquela câmara de comércio e indústria disse que o objetivo desta missão multissetorial ao Equador é “dar a conhecer a realidade deste mercado internacional, privilegiando contactos e visitas a empresas locais” e dando “a conhecer o mercado equatoriano em áreas em crescimento como a construção civil, o turismo e tecnologias de informação”.

Segundo Rosário Marques, o programa arranca na cidade de Guayaquil com reuniões institucionais e empresariais e terá como “ponto alto” um pequeno-almoço entre empresários, na terça-feira, em que participarão, entre outros, o Conselheiro Económico e Comercial para a Colômbia, Equador e Panamá, Paulo Borges.

O evento repete-se no dia 7, em Quito, cidade onde termina a visita, que tem previstos vários seminários sobre temas como ‘Oportunidades de Negócio no Equador’, ‘Como Fazer Negócios no Equador’ e ‘O Tratado Livre do Comércio com a União Europeia’.

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Exportações portuguesas para o Equador aumentaram 140% no primeiro semestre

De acordo com Rosário Marques, “as empresas portuguesas estão atentas ao desenvolvimento do Equador, sendo que as relações comerciais entre os dois países têm um grande potencial de crescimento”, como prova o facto de as exportações portuguesas para aquele país terem aumentado 140% no primeiro semestre deste ano, face ao período homólogo de 2016, de 3,3 para 7,9 milhões de euros, aproximando-se dos 9,6 milhões de euros exportados durante todo o ano de 2016.

Segundo os dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), até junho, também as importações portuguesas do Equador aumentaram, 52,4%, de 8,4 para 12,8 milhões de euros. Os produtos mais exportados de Portugal para o Equador este ano foram os químicos (1,6 milhões de euros), as pastas celulósicas e papel (1,1 milhões de euros) e as máquinas e aparelhos e os plásticos e borracha (ambos com 0,8 milhões de euros). Já os produtos mais importados foram dos setores alimentar (6,5 milhões de euros) e agrícola (5,9 milhões de euros), nomeadamente conservas de peixe, crustáceos e bananas.

Estes números colocam o Equador como 89.º cliente e 76.º fornecedor de Portugal no primeiro semestre de 2017 e, em sentido inverso, Portugal como o 42.º cliente e 49.º fornecedor do Equador.

Sétima maior economia da América Latina, cujo grande crescimento aconteceu a partir da descoberta de reservas de petróleo, que esta quarta-feira são as terceiras maiores da América do Sul, o Equador destaca-se também pela sua riqueza em recursos naturais, principalmente agrícolas, marinhos e minerais.

“O Equador é o maior exportador mundial de banana e de madeira de balsa, o quarto maior de cacau e é ainda um produtor relevante de camarão e atum”, salienta a CCILC, notando que, “nos últimos anos, tem havido uma clara aposta governamental na diversificação da economia, promovendo setores não tradicionais como o setor extrativo e mineiro, a indústria transformadora e a aquicultura”.

Os encontros empresariais em Guayaquil e Quito são uma iniciativa incluída no projeto PROINTER+, promovida pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Equatoriana e cofinanciado pela União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrada no Programa COMPETE 2020 (Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização), no Sistema de Apoio a Ações Coletivas.