Siri (Apple), Google Assistant (Google), Alexa (Amazon), Cortana (Microsoft), Bixby (Samsung). O mercado dos assistentes pessoais está em franco crescimento e tem vindo a ser olhado como uma galinha dos ovos de ouro para os gigantes da tecnologia. Isto porque, por detrás das vozes que ligam as pessoas às máquinas, está em curso o desenvolvimento dos mecanismos de Inteligência Artificial.

Foi por isso que, com surpresa, foi anunciada esta quarta-feira a ligação entre dois destes sistemas concorrentes: Alexa (da Amazon) e Cortana (da Microsoft) vão trabalhar em conjunto, a partir do final deste ano.

As empresas entendem que o benefício de estar juntos é superior ao de seguir caminho em separado, simplesmente porque esta união tira partido das coisas que cada um dos assistentes faz melhor. A Cortana, por exemplo, tem uma melhor integração com o Outlook da Microsoft, do mesmo modo que o Alexa está otimizado para fazer compras na Amazon.

Desta parceria não resulta, para já, uma união de tecnologias, mas antes o acesso facilitado de uma pela outra. Por outras palavras, e numa primeira fase, os utilizadores terão de pedir a um assistente que aceda ao outro, através do comando de voz “Alexa, Open Cortana” ou “Cortana, Open Alexa” — a partir da coluna Echo da Amazon ou do Cortana via Windows 10.

Em comunicado, o diretor executivo da Amazon, Jeff Bezos, justifica esta parceria com uma ideia clara: “Vão existir vários assistentes pessoais, cada um com competências específicas e com acesso a dados diferentes.” Deste modo, Amazon e Microsoft passam a oferecer um serviço mais alargado e, claro, a recolher informação para desenvolver a tecnologia subjacente à Inteligência Artificial. Contas feitas, todos parecem ganhar, consumidores, empresas e o desenvolvimento tecnológico.

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