Pelo menos 24 pessoas morreram e 15 ficaram feridas na quinta-feira na derrocada de um edifício residencial na cidade de Bombaim, no oeste da Índia, segundo o mais recente balanço oficial divulgado esta sexta-feira.

Equipas de resgate prosseguiram durante a noite com os trabalhos de remoção dos escombros do prédio residencial, de cinco andares, localizado na área de Bhendi Bazar, no centro da capital financeira da Índia, que desabou pelas 08h30 de quinta-feira (04h00 em Lisboa).

Prabhat Kumar, dos bombeiros, afirmou que, além dos 24 corpos, foram resgatados dos escombros 15 feridos.

No entanto, quase uma dezena de pessoas continuam desaparecidas, temendo-se que estejam debaixo da enorme quantidade de escombros, incluindo lajes partidas de betão e vigas de aço torcidas.

Os socorristas têm usado maquinaria pesada para levantar os escombros, na tentativa de chegar a eventuais sobreviventes.

O edifício, de 117 anos, foi declarado não seguro para habitar há seis anos.

O prédio albergava nove famílias em apartamentos localizados nos pisos acima do rés-do-chão, onde estava uma creche. O colapso ocorreu antes das crianças chegarem, esclareceu a polícia indiana.

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Este foi o maior edifício a desabar depois das fortes chuvas que se abateram sobre Bombaim, que registaram o nível mais elevado desde 2005, com 315 milímetros de precipitação.

Milhares de edifícios de Bombaim têm mais de um século, contando com fundações enfraquecidas ao longo de anos com fortes chuvas de monção. No mês passado, o colapso de um prédio no subúrbio de Ghatkopar fez 17 mortos.

Bombaim está a regressar aos poucos à normalidade depois de ter ficado paralisada dois dias devido às chuvas torrenciais, o que levou à suspensão dos transportes públicos e dos comboios devido designadamente às inundações.

A cidade vê-se a braços anualmente com os dilúvios da época de monções, desencadeando críticas pelo fraco planeamento.

Desde o início da época de moções, cheias devastadoras fizeram pelo menos 1.000 mortes no Sudeste Asiático e afetaram quase 40 milhões de pessoas no norte da Índia, sul do Nepal e norte do Bangladesh.