Histórico de atualizações
  • Este liveblog fica por aqui, mas continuamos a acompanhar todas as atualizações sobre as ameaças de conflito envolvendo a Coreia do Norte e as reações dos principais líderes mundiais.

    Até já.

  • A Casa Branca acaba de emitir um comunicado sobre o telefonema entre Donald Trump e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. No comunicado lê-se que ambos os líderes condenam as “contínuas ações provocadores e destabilizadoras da Coreia do Norte” e garantem continuar a cooperar. Trump reafirmou o seu compromisso de proteger os EUA, territórios e aliados, usando “todas as capacidades diplomáticas, convencionais e nucleares” à disposição.

  • Coreia do Sul responde com exercício com míssil balístico

    A agência de notícias sul-coreana Yonhap avança que a Coreia do Sul realizou um exercício com recurso a um míssil balístico em resposta ao teste nuclear da Coreia do Norte, que aconteceu na madrugada de domingo. O treino envolveu o míssil balístico Hyunmoo, bem como aviões de combate F-15K.

    O exército sul-coreano afirmou que os alvos escolhidos estavam a uma distância equivalente à do polígono do teste nuclear norte-coreano.

  • Conselho de Segurança da ONU marca reunião de emergência

    O Conselho de Segurança da ONU marcou uma reunião de emergência para segunda-feira, depois de a Coreia do Norte ter realizado, na madrugada de domingo, o sexto ensaio nuclear desde 2006 (é o sexto em apenas onze anos e o primeiro durante a administração de Donald Trump).

  • Estes podem ser os países aos quais Trump se referia, quando ameaçou cortar as trocas comerciais com todos os países com negócios com a Coreia do Norte.

  • Guterres condena teste nuclear de Pyongyang e exige o fim do seu programa militar

    O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou neste domingo o novo teste nuclear da Coreia do Norte e reiterou o seu apelo para que o regime ponha fim à sua atividade armamentista. “Este ato é mais uma violação das obrigações internacionais da DPRK (sigla em inglês da República Democrática Popular da Coreia) e prejudica os esforços de não proliferação e desarmamento”, disse Guterres num comunicado transmitido pelo seu porta-voz.

    “Este ato é também profundamente desestabilizador para a segurança regional”, lamentou o ex-governante português, acusando a Coreia do Norte de ser o “único país que continua a violar a norma contra os testes de explosões nucleares”. O responsável máximo da ONU reiterou o seu apelo ao regime de Kim Jong-Un para que cesse a sua atividade armamentista e “cumpra por completo” as resoluções que lhe foram impostas pelo Conselho de Segurança e indicou igualmente que está em contacto “com todas as partes afetadas”.

    O Conselho de Segurança da ONU reúne-se na segunda-feira a propósito do novo teste nuclear norte-coreano, informaram hoje fontes oficiais. A reunião, com início às 10h00 locais (15h00 em Lisboa), foi solicitada pelos Estados Unidos e por França, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul, indicou a missão diplomática norte-americana nas Nações Unidas.

    O regime de Pyongyang declarou hoje ter detonado “com total êxito” uma bomba de hidrogénio que pode ser colocada na ogiva de um míssil intercontinental. Tratou-se do sexto ensaio nuclear da Coreia do Norte desde 2006, recebido, como os que o precederam, com muitas condenações por parte da comunidade internacional.

    A 29 de agosto, o Conselho de Segurança efetuou a sua última reunião de emergência sobre estas ameaças norte-coreanas, após o lançamento de um míssil pelo regime de Pyongyang. A 5 de agosto, o órgão executivo da ONU aprovou por unanimidade uma resolução impondo novas sanções económicas à Coreia do Norte por causa dos seus testes nucleares e balísticos.

    Lusa

  • "Qualquer ameaça terá uma resposta militar maciça", diz secretário da Defesa

    James Mattis, secretário da Defesa norte-americana, disse esta tarde que os EUA “não estão à procura de aniquilar a Coreia do Norte” e que “existem várias opções”. No exterior da Casa Branca, Mattis falou aos jornalistas e admitiu que “qualquer ameaça feita aos EUA ou aos seus territórios”, incluindo Guam e aliados, “terá uma resposta militar maciça”.

    As declarações de Mattis acontecem no fim da reunião de Donald Trump com a sua equipa de segurança nacional, da qual consta o vice-presidente. James Mattis disse ainda que Kim Jong-un deveria ter em conta a “voz unificada” do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

    Todos os membros concordaram sobre a ameaça que a Coreia do Norte representa e eles permanecem unânimes no seu compromisso para a desnuclearização da península coreana.”

  • Os cenários de uma catástrofe

    Há pelo menos 25 milhões de razões para que os Estados Unidos não entrem em guerra com a Coreia do Norte. Mesmo sem fazer uso do seu arsenal nuclear, a Coreia do Norte poderia provocar um massacre na Coreia do Sul. Da zona desmilitarizada à capital, Seul, são 40 quilómetros, um pouco mais da distância que vai de Lisboa a Sintra. Um míssil com as coordenadas de Seul demoraria entre “zero e seis minutos” a chegar, segundo a agência Associated Press, que falou com vários especialistas.

    Os cenários de uma catástrofe: a guerra com a Coreia do Norte seria assim

  • Donald Tusk: Coreia do Norte tem de cessar programa nuclear e Europa está pronta para apertar sanções

    A Coreia do Norte tem de “abandonar” os programas nuclear, de produção armas de destruição maciça e de mísseis balísticos, afirma Donald Tusk através de uma declaração divulgada neste domingo. O presidente do Conselho Europeu exige que aquele abandono seja “completo, escrutinável e irreverssível” e que o país tem de cessar todas as atividades relacionadas com os programas em causa.

    Tusk defende que o teste nuclear realizado neste domingo “viola gravemente” as obrigações da Coreia do Norte perante a lei internacional, os pedidos efetuados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e o regime global de não proliferação e de desarmamento. A iniciativa de Pyongyang “força” a comunidade internacional a “unir-se numa reação rápida e decisiva”, acrescenta o líder do Conselho Europeu.

    A União Europeia está pronta para apertar as sanções sobre a Coreia do Norte, garante Donald Tusk, que desafiou o país a retomar, sem restrições, o diálogo sobre os programas. Tusk apelou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que adote mais sanções e que demonstre uma vontade “mais forte” de alcançar uma desnuclearização pacífica na península da Coreia, afirmando que “os riscos são elevados”.

  • Países asiáticos condenam teste nuclear

    Segundo a Associated Press, Índia, Paquistão e as Filipinas estão entre os muitos países asiáticos que condenam o teste nuclear realizado esta madrugada pelo regime de Pyongyang.

    O secretário dos Negócios Estrangeiros das Filipinas, Alan Peter S. Cayetano, disse que o seu país está “gravemente preocupado” com a detonação. “Tais ações provocadoras prejudicam a paz e a estabilidade regional”.

  • Tanto a agência de notícias sul-coreana Yonhap como o The Guardian fazem notar que, caso os EUA cortem as trocas comerciais com todos os país em negócios com a Coreia do Norte, a China seria bastante afetada, já que é responsável por 90% das trocas comerciais da Coreia do Norte. O tweet partilhado pelo presidente norte-americano durante a tarde de domingo parece surgir, assim, como um aviso direcionado à nação chinesa.

  • Putin não deverá telefonar ao líder norte-coreano

    O presidente russo não deverá telefonar ao líder norte-coreano, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, este domingo. Citado pela Reuters, Peskov admitiu que tal telefonema não está nos planos de Vladimir Putin.

    O porta-voz garantiu ainda que Putin discutiu o teste nuclear com o presidente chinês, Xi Jinping, e que ambos os líderes expressaram “profunda preocupação” tendo em conta a segurança na península coreana. Putin falou também, via telefone, com o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe — segundo Dmitry Peskov, ambos os líderes condenaram o teste de Pyongyang.

  • Trump pondera cortar trocas comerciais com todos os países que tenham negócios com a Coreia do Norte

    Donald Trump afirmou, via Twitter, que vai reunir-se com líderes militares para discutir a situação despoletada pela Coreia do Norte.

    Ainda na conta de Twitter, o presidente admitiu que os EUA ponderam cortar todas as trocas comerciais com qualquer país que tenha negócios com a Coreia do Norte.

  • Coreia do Norte é o único país que testou armas nucleares no século XXI

    A Coreia do Norte é o único país que testou armas nucleares em pleno século XXI, escreve o jornal norte-americano The Washington Post.

    O teste nuclear realizado na madrugada deste domingo — que a Coreia do Norte afirma ter correspondido à detonação de um dispositivo de hidrogénio capaz de caber num míssil balístico intercontinental — é o sexto em apenas onze anos e o primeiro durante a administração de Donald Trump.

  • "Vamos ver", responde Trump sobre a eventualidade de atacar a Coreia do Norte

    A NBC News partilhou num tweet onde se vê Donald Trump a responder “vamos ver”. A pergunta feita por um jornalista foi a seguinte: “Sr. presidente, vai atacar a Coreia do Norte?”.

  • Ataque dos EUA contra a Coreia do Norte é "inevitável", diz senador americano

    Lindsey Graham, senador republicano, considerou que um ataque contra a Coreia do Norte por parte dos Estado Unidos é “inevitável”, caso nada mude. Estas declarações foram para o programa HARDtalk, da BBC, no sábado, ou seja, antes da notícia do novo teste nuclear.

    “Tenho 100% de certeza que se Kim Jong-un continuar a desenvolver mísseis que possam atingir os Estados Unidos, e se a diplomacia não o conseguir travar, haverá um ataque por parte dos Estados Unidos contra o sistema de armamento.”

    O norte-americano assumiu que, caso este cenário se concretize, milhares de pessoas poderão morrer.

  • China e Rússia vão "lidar apropriadamente" com o teste nuclear

    O Presidente chinês e o Presidente russo concordaram em “lidar apropriadamente” com o teste nuclear desta madrugada.

    Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, Xi Jinping e Vladimir Putin concordaram em unir-se, tendo como objetivo a desnuclearização da península coreana, e comprometeram-se em manter o diálogo e a coordenarem-se para lidar com esta situação.

  • Povo norte-coreano aplaude teste nuclear

    O povo norte-coreano juntou-se em frente ao ecrã gigante, na estação de Pyongyang, e aplaudiu quando a televisão estatal anunciou o teste nuclear deste domingo.

    “Sinto um orgulho enorme nos avanços das nossas ogivas nucleares. Agora podemos confiar nas nossas capacidades operacionais e é incrível o progresso da tecnologia das nossas armas nucleares”, afirmou um norte-coreano na televisão, citado pela BBC e CNN.

    Um outro habitante considerou que todos os norte-coreanos deviam estar orgulhos deste teste.

  • Reino Unido: "uma ameaça inaceitável para a comunidade internacional"

    A primeira-ministra britânica, Theresa May, descreveu o teste nuclear realizado pela Coreia do Norte, esta madrugada, como sendo “imprudente” e “uma ameaça inaceitável para a comunidade internacional”.

    A britânica, citada pela BBC, disse ter falado com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, esta semana, sobre “a ameaça grave e séria” que constituem estas “ações perigosas e ilegais” da Coreia do Norte e reiterou a necessidade de se proceder com “ações mais pesadas”, nomeadamente “aumentar a velocidade com que são implementadas as sanções já existentes” e procurar “novas medidas junto do Conselho de Segurança das Nações Unidas.”

    “Isto é agora ainda mais urgente. A comunidade internacional condenou universalmente este teste e tem de se unir para continuar a aumentar a pressão sobre os líderes da Coreia do Norte para pararem com estas ações desestabilizadoras.”

  • A tensão entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos é muito elevada e as ameaças de parte a parte são cada vez mais frequentes e de maior intensidade.

    Desde a Guerra da Coreia, quando a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul com o apoio tático, militar e político da União Soviética – só mais tarde teria apoio aéreo, mas nunca tropas no terreno – no verão de 1950, que os Estados Unidos e a Coreia do Norte não se voltaram a envolver num confronto direto. Mas por várias vezes estiveram perto.

    Em 1968, a Coreia do Norte capturou o navio norte-americano USS Pueblo – hoje uma das maiores atrações turísticas de Pyongyang -, acusando-o de ter invadido águas territoriais norte-coreanas. Os norte-americanos mantêm que o navio estava em águas internacionais. 83 tripulantes foram sequestrados. Um deles morreu em cativeiro. Os restantes 82 foram libertados 11 meses depois.

    Em abril de 1969, um caça norte-coreano de origem soviética abateu um avião da Marinha dos EUA, matando 31 pessoas.

    Em 1976, uma disputa sobre uma árvore na zona desmilitarizada entre as duas Coreias levou a confrontos entre norte-americanos e norte-coreanos. Dois norte-americanos morreram e os EUA chegaram a ponderar o bombardeamento de Pyongyang.

    Em 1994, Bill Clinton chegou a pedir ao Pentágono um plano de ataque contra a Coreia do Norte, para impedir o desenvolvimento do programa nuclear do regime. Os dois países estiveram perto de entrar em guerra, mas as estimativas para a perda de vida humana do plano do Pentágono – 100 mil resultado no imediato devido ao bombardeamento do reator de Yongbyon, e um milhão só na reação imediata – detiveram as forças americanas. A visita do ex-presidente Jimmy Carter a Pyongyang acabou por desbloquear a situação e Kim il-Sung aceitou sentar-se à mesa com os americanos. O líder norte-coreano morreria na véspera do início das negociações, de ataque cardíaco. Foi substituído pelo filho, e sucessor anunciado, Kim Jong-il.

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