Versão (ainda) mais radical do conhecido desportivo americano, o Chevrolet Camaro ZL1 1LE começou por apresentar-se aos consumidores europeus no circuito alemão de Nürburgring, onde espicaçou o apetite ao obter como melhor volta 7:16.04 minutos, antes de dar início à comercialização no Velho Continente. Que, sabe-se agora, não vai acontecer. E tudo por culpa da fraca protecção a peões que o modelo americano oferece.

A notícia é avançada pelo Motor Trend, acrescentando que o chumbo do Camaro ZL1 1LE nos testes de segurança europeus, necessários para que pudesse ser comercializado neste continente, ter-se-á ficado a dever à agressiva aerodinâmica do modelo, a qual se revela um perigo em caso de embate num peão.

Ao contrário do ZL1 standard, o Camaro ZL1 1LE exibe um kit aerodinâmico muito mais exuberante, com difusor dianteiro, enormes alhetas nos cantos do pára-choques frontal, além de uma generosa asa traseira em fibra de carbono. Soluções que não apenas garantem um visual exterior extremamente desportivo e até ameaçador, como são também um perigo para a segurança dos peões, segundo os regulamentos de segurança europeus.

Nos EUA, onde o Camaro ZL1 1LE já é comercializado, este mesmo pack aerodinâmico é um opcional que custa 7.500 dólares (pouco mais de 6.300€), a que os clientes podem acrescentar ainda alguns upgrades.

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Já como propulsor, mantém-se o V8 6,2 litros turbo a gasolina da versão standard, a debitar 659 cv e 880 Nm de binário, embora, no caso do 1LE, a ter de lidar com um conjunto com menos 27 kg – graças à utilização de um vidro mais fino no óculo traseiro, assim como de um banco traseiro fixo.

Tecnicamente, a versão mais radical conta ainda com uma suspensão inspirada na competição e amortecedores específicos; jantes mais largas, mas também mais pequenas, com pneus Goodyear Eagle F1 Supercar 3R; e barra estabilizadora traseira ajustável em três níveis.

Graças a todos estes componentes, o Chevrolet Camaro ZL1 1LE consegue ser quase 14 segundos mais rápido, numa volta ao Nürburgring, que o modelo que lhe está na base, mostrando-se, inclusivamente, mais rápido do que propostas como o Ferrari 488 GTB, o Nissan GT-R ou a última geração do Porsche 911 GT2 RS.