Barack Obama, presidente dos Estados Unidos antes de Donald Trump, apelidou a intenção de Trump em rever a lei que protege da deportação os jovens que tenham chegado aos Estados Unidos ilegalmente como “cruel” e como “um tiro no pé” para o país, que, na sua opinião, estará a desaproveitar o talento daqueles que querem investir e desenvolver o país.

Num comunicado enviado à comunicação social, Obama diz que a imigração “pode ser um assunto controverso” mas lembrou que a situação das pessoas protegidas pelo chamado DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals) protege crianças que “estudam nas nossas escolas, jovens adultos que estão agora a começar carreiras e patriotas que juraram lealdade à nossa bandeira”. Muitos, como escreve o antigo Presidente, “nem sabiam que eram ilegais até terem tentado arranjar um emprego ou tirar a carta”.

O procurador-geral norte-americano Jeff Sessions anunciou, esta terça-feira, que considera o DACA “inconstitucional”. O DACA é um pacote legislativo que protege legalmente os jovens e adultos que chegaram aos Estados Unidos em crianças, filhos de imigrantes não documentados. São cerca de 800 mil as pessoas abrangidas por este programa, em que a grande maioria vive, trabalha e desconta nos Estados Unidos desde sempre. Sessions acrescentou que estas pessoas ocupam lugares de trabalho que “são dos americanos”.

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