O Ministério da Defesa da Coreia do Sul afirmou esta terça-feira que admite autorizar o destacamento de armas nucleares norte-americanas no país, em resposta ao sexto teste nuclear realizado pela Coreia do Norte há dois dias. A Coreia do Sul estuda “todas as opções militares” para travar a crescente ameaça bélica do país vizinho, disse esta terça-feira em conferência de imprensa o porta-voz do ministério, Moon Sang-gyun, quando questionado sobre o possível envio de armamento nuclear tático do seu aliado.

No entanto, Moon ressalvou que o Governo sul-coreano mantém o “princípio de desnuclearização” e que o seu objetivo a longo prazo é conseguir uma península coreana livre de armas nucleares, segundo declarações citadas pela agência Yonhap. Os Estados Unidos retiraram as armas deste tipo que tinham destacadas no território sul-coreano no início da década de 1990, quando Seul e Pyongyang firmaram um acordo para a desnuclearização da península.

Seul e Washington sublinharam a necessidade de uma resposta militar contundente perante a nova provocação norte-coreana, e além de realizarem manobras com fogo real durante esta semana, planeiam o envio de porta-aviões norte-americanos de propulsão nuclear para águas próximas do país asiático. A Coreia do Norte fez no domingo o seu sexto teste nuclear, desta vez com o lançamento de uma bomba de hidrogénio, a mais potente até à data, um artefacto termonuclear que segundo o regime de Pyongyang pode ser instalado num míssil intercontinental.

Coreia do Sul faz manobras navais com fogo real após teste nuclear norte-coreano

Ainda esta terça-feira, o exército sul-coreano realizou manobras navais com fogo real no Mar do Japão em resposta ao último teste nuclear norte-coreano, lançado há dois dias. Os exercícios contaram com a participação da fragata de 2.500 toneladas Gangwon, de um navio-patrulha de mil toneladas e de vários navios de alta velocidade, e incluíram o lançamento de mísseis guiados, anunciou o Ministério da Defesa de Seul.

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“O exercício está destinado a melhorar a capacidade de resposta imediata perante possíveis provocações navais do inimigo”, afirmou o comandante Choi Young-chan, em declarações à agência Yonhap. As forças navais sul-coreanas também planeiam realizar outras manobras de batalha durante os próximos quatro dias nas águas do sul do país, com a participação de uma dezena de navios e de caças F15-K e outras aeronaves logísticas e de vigilância.

Por outro lado, Seul anunciou que o seu exército e o dos Estados Unidos têm prevista a realização de exercícios antissubmarino no Mar do Japão na quinta e sexta-feira.

A Coreia do Norte fez no domingo o seu sexto teste nuclear, desta vez com o lançamento de uma bomba de hidrogénio, a mais potente até à data, um artefacto termonuclear que segundo o regime de Pyongyang pode ser instalado num míssil intercontinental.

Seul realizou na segunda-feira manobras com fogo real, que incluíram bombardeiros aéreos e projeteis balísticos para ensaiar ataques à base onde a Coreia do Norte realizou os seus seis testes atómicos, como demonstração de força após a última provocação do país vizinho.