Um membro do Estado Islâmico (EI) tentou persuadir um repórter da BBC, infiltrado no movimento, a levar a cabo um ataque a uma das mais conhecidas pontes de Londres (a London Bridge). O jornalista estava envolvido numa investigação da BBC Inside Out London sobre extremismo islâmico. Segundo a estação britânica, o agente terrorista encorajou o jornalista a tomar a ponte como alvo e deu-lhe a oportunidade de o fazer sozinho ou em grupo.

Faz pouco mais de um ano que a London Bridge foi alvo de um ataque reivindicado pelo Estado Islâmico. A 6 de junho de 2016, oito pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas depois de um jovem britânico de origem nigeriana ter atropelado vários peões que estavam na travessia.

A investigação jornalística da BBC demorou dois anos, tendo contacto com o terrorista sido realizado através da rede social Twitter. O jornalista começou a trocar mensagens com Junaid Hussain, um jihadista de 21 anos nascido em Birmingham que recrutava para o EI. Depois de várias mensagens num sistema encriptado, Hussain dizia que podia ajudar o jornalista a fabricar bombas em casa. De acordo com o repórter, o terrorista mostrava vários tutoriais, ferramentas que ensinam como operador programas informáticos, relacionados com terrorismo na dark web com detalhes de como usar um veículo para matar pessoas.

O que é a Dark Web?

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Dark Web refere-se aos servidores na rede de Internet que não são alcançáveis pelos meios convencionais. O acesso a essa rede querer programas, configurações e outras autorizações específicas que não são alcançáveis por todos.

Hussain foi morto em 2015 num ataque à cidade síria de Raqqa, mas um outro agente manteve o contacto e as conversas. Nas conversas seguintes, esse agente revelou um plano para assassinar um agente da polícia, que incluía uma forma de obter armas de fogo e munições. A polícia esteve sempre a par das conversas mantidas nesta investigação da BBC.

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