A mais recente geração do Nissan Leaf, que ainda é o automóvel eléctrico mais vendido do mundo, foi revelada ao público no Japão e foi um sucesso geral. Primeiro porque, finalmente, os estilistas nipónicos encontraram uma estética que, sendo algo futurista, agrada certamente à maioria, ao contrário do que acontecia com a versão anterior. Depois, porque o motor evolui de 109 para 150 cv, o que lhe vai assegurar um novo dinamismo e, como se tudo isto não bastasse, a bateria passa por fim a oferecer uma autonomia muito interessante, ao anunciar 378 km entre recargas. Mas as novidades não ficam por aqui.

Face ao primeiro Leaf, que surgiu em 2010, o novo é ligeiramente maior (4,48 em vez de 4,45 metros), mais largo (1,79 contra 1,77 metros) e mais baixo (1,54 contra 1,55 metros). E, em matéria de incrementos, destaque para a bagageira, que passa a disponibilizar 435 litros, em vez dos anteriores 370.

O novo Leaf vai oferecer o sistema de condução semiautónoma ProPilot

Se o motor fornece agora 150 cv, a bateria beneficia de uma evolução igualmente positiva, ao ver a sua capacidade aumentada dos actuais 30 kWh para 40 kWh. É isto que lhe permite anunciar 378 km de autonomia, de acordo com o ciclo NDEC (254 km, segundo o sistema de homologação americano), o que deverá permitir percorrer entre 280 e 300 km em condições reais de utilização. Curiosamente, a Nissan afirma que consegue encaixar os 40 kWh no mesmo volume anteriormente ocupado pelos 30 kWh, o que deixa antever uma maior densidade energética, sendo que a eficácia do conjunto também registou melhorias. De outra forma seria impossível anunciar 378 km com 40 kWh, o que dá uma média de 10,55 kW por cada 100 km, substancialmente melhor do que os 12 kW aos 100 km da geração que ainda está à venda (30 kWh e 250 km).

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O sistema de parqueamento automático ProPilot Park vai constar da lista de equipamento do eléctrico japonês

Mais novidades. E das boas!

Mas se este é o Leaf normal, em breve vai surgir uma versão aditivada, que já foi divulgada para o mercado americano. A bateria é maior, vendo a sua capacidade incrementada de 40 para 60 kWh, denominada e-Plus, o que permite antecipar uma autonomia, a manter-se o consumo médio de 10,55 kW/100 km, na ordem dos 570 km, o que coloca o Leaf em condições de se bater com o Opel Ampera-e (520 km de autonomia) e o Model 3 da Tesla.

Tão interessante quando a existência destas duas versões do novo Leaf é o facto de, nos EUA, o eléctrico da Nissan ser proposto por 29.990 dólares (versão de 40 kWh), valor que é inferior em 690 dólares aos exigidos pela actual geração do modelo, com bateria de apenas 30 kWh. A verificar-se esta tendência, é bem possível que o novo Leaf tenha um posicionamento igualmente competitivo no mercado europeu, seguindo a informação divulgada pelos responsáveis da marca no Japão, em que assumiam que o preço ia ser mais competitivo porque “preço acessível é consequência da democratização dos veículos eléctricos”.

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Tal como já tínhamos anunciado, o Leaf vai passar a oferecer sistema de condução autónoma de nível 2 ProPilot, ou seja semiautónomo, com assistente de manutenção na faixa de rodagem e cruise control adaptativo, parqueamento automático (ProPilot Park) e o e-Pedal, o tal pedal de acelerador que, para facilitar a vida ao condutor, até faz de pedal de travão.

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