O presidente da câmara belga de Mouscron desde dezembro de 2006, Alfred Gadenne, abria e fechava os portões do cemitério de Luingne todos os dias. Esta segunda-feira ao final do dia, entre as 20h00 e as 20h30, saiu da casa onde morava, mesmo em frente, para mais uma vez fazer a tarefa — e não voltou.

O homem, de 71 anos, foi encontrado no interior do cemitério, morto, com a garganta cortada. O crime está a chocar a cidade industrial de 57 mil habitantes, no noroeste da Bélgica e a menos de 5 quilómetros da fronteira com França, e o resto do país.

Alfred Gadenne tinha 71 anos

De acordo com os media locais, as autoridades detiveram imediatamente um suspeito, um jovem, de apenas 18 anos, que não ofereceu resistência apesar de estar armado com uma faca.

Também segundo relatos da imprensa belga, que cita fontes anónimas, o rapaz terá cometido o crime para vingar a morte do pai, um bombeiro voluntário e antigo funcionário camarário que foi demitido e cometeu suicídio em 2015.

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O primeiro-ministro, Charles Michel, foi um dos muitos políticos belgas que manifestaram o seu pesar pelo homicídio do autarca nas redes sociais.

Martine Aubry, líder do Partido Socialista francês até 2012 e atual presidente da Câmara da vizinha Lille (a 23 km de distância), também expressou o seu horror pela morte do colega.