Já vai na versão 4.0, mas isso apenas serve para confirmar que o AeroMobil está quase a poder ser entregue aos clientes que demonstraram interesse em possuir um carro que se transforma em avião. Concebido e produzido na Eslováquia, o AeroMobil 4.0 deriva directamente da versão 3.0 que foi apresentada em 2014, e até do 1.0 que deu os primeiros passos em 1990.

A quem esteja fora da aviação, 27 anos pode parecer muito tempo, talvez demasiado. Mas não para homologar e permitir que seja utilizado por qualquer um algo nunca visto, como um automóvel voador. E, se tem dúvidas, basta pensar que a Honda, para produzir o seu primeiro jacto, o HA-420, iniciou os estudos em 1980 e só este ano começou a entregar os primeiros aviões, em todos os aspectos menos revolucionário do que este AeroMobil.

O 4.0 presente em Frankfurt, rodeado de automóveis deslumbrantes, mas incapazes de levantar as rodas do chão, suscitou grande interesse, ou não fosse a Alemanha o maior país europeu – e o mais rico –, onde obviamente não faltarão clientes que, em vez de esperarem horas nas filas de trânsito intermináveis, veriam com bons olhos conseguir voar de um lado para o outro e, assim, chegar a horas.

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Aerodinamicamente mais aperfeiçoado, o 4.0 recorre a um motor 2.0 turbo de quatro cilindros, montado ao centro, que por sua vez passa a potência às rodas da frente quando a ideia é circular na estrada. E, se bem que a marca não tenha avançado valores para a potência, tudo indica que deverá rondar os 100 cv, já mencionados anteriormente.

Mas sempre que a situação se complica, ou os dois ocupantes se querem entregar-se ao prazer de voar, o motor do AeroMobil passa a potência ao hélice montado na retaguarda, obviamente depois de abrir as asas – dobradas longitudinalmente para poder circular na estrada –, permitindo ao carro transformar-se em avião e, enfim, voar.

Os eslovacos acreditam que deverão iniciar as vendas no final deste ano, para as primeiras unidades começarem a ser entregues em 2020.