O jornalista francês Loup Bureau foi libertado esta sexta-feira e vai ser expulso para França, após mais de 50 dias de detenção na Turquia, onde foi acusado de pertencer a uma “organização terrorista armada”.

Esta libertação, anunciada na sexta-feira após a visita a Ancara do ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian, constituiu “um grande alívio”, referiu hoje no Twitter o Presidente Emmanuel Macron.

“O juiz concluiu a recolha de provas deste ‘dossier’ e ordenou a sua libertação e sua expulsão”, precisou à agência noticiosa France-Presse o seu advogado turco, Mesut Gerez.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

De regresso a Paris, o chefe da diplomacia francesa expressou hoje em comunicado a sua “verdadeira emoção” e o seu “grande alívio”.

Loup Bureau, detido em Sirnak (sudeste) “foi entregue à polícia para ser conduzido a um centro de expulsão. Será expulso para França esta noite ou amanhã [sábado]”, prosseguiu o advogado. Segundo o comité de apoio ao jornalista francês, deverá chegar no sábado a Paris.

Na quinta-feira, no decurso da sua visita a Ancara, o chefe da diplomacia francesa pediu a libertação e o regresso a França do jornalista, após Macron ter pedido no final de agosto ao seu homólogo turco Recep Tayyip Erdogam a sua “rápida libertação”.

Loup Bureau, estudante de jornalismo em Bruxelas, foi detido em 26 de julho na fronteira entre o Iraque e a Turquia, após algumas fotos que detinha o mostrarem junto de combatentes curdos sírios das Unidades de Proteção Popular (YPG, que Ancara considera uma organização “terrorista”).

Segundo a defesa, essas imagens foram registadas em 2013, durante uma reportagem sobre as condições de vida das populações sírias. Segundo a ata de acusação hoje divulgada pelo seu advogado, era suspeito pela justiça turca de ser um “membro” das YPG.