Quando uma equipa é tetracampeã, o sonho do penta é mais que legítimo. Por cá, em Portugal, só o Porto detém esse privilégio, numa era com três treinadores. Começa Bobby Robson, continua António Oliveira e segue-se Fernando Santos. Daí a alcunha do engenheiro do penta. Ora bem, o penta sofre um valente abanão na estrutura à segunda jornada, em Aveiro. E, curiosamente, de virada. Zahovic marca primeiro, Gila e Fary garantem a reviravolta do Beira-Mar. E agora? O Porto sofre mais uma derrota, à 7.ª jornada, e em casa (Boavista, 2-0 por Timofte mais Rogério), além de empatar 2-2 em Leiria. A partir daí, estende-se a passadeira para o quinto título seguido, confirmado a duas jornadas do fim.

Quer isto dizer o quê? Que não vale a pena fazer muito alarido de uma derrota à 6.ª jornada. O último clube a tentar o penta é o Porto, este de Jesualdo Ferreira, em 2009-10. Que à 5.ª jornada sofre em Braga com um golo de Alan (1-0). No fim-de-semana seguinte, 1-0 ao Sporting por Falcao. De nada vale um percurso regular, há quem o faça melhor. Como Benfica e Braga, primeiro e segundo classificados.

O primeiro clube a sonhar com o penta é o Sporting, em 1954-55. Ao empate em Braga na primeira jornada (3-3), segue-se o 9-1 sobre o Lusitano de Évora. Uma semana depois, 5-1 ao Porto em casa. Depois é que são elas: 0-0 no Barreiro e 0-1 com a Académica no Jamor. À 5.ª jornada, o Sporting perde pela primeira vez e nunca mais se endireita, tanto assim é que o título decide-se entre Benfica e Belenenses.

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