Um programa de apoio à saúde materna e infantil entregou esta segunda-feira cinco motas ambulância e outros materiais para a província de Sofala, centro de Moçambique, numa altura em que o transporte continua a ser uma raridade.

“A nossa enfermeira vai ter melhores condições para reduzir a mortalidade materna e infantil nas nossas unidades sanitárias”, referiu Emelina José, representante da direção provincial de saúde ao receber o donativo.

O apoio deverá beneficiar mulheres grávidas abrangidas por 30 unidades sanitárias de 11 distritos.

Muitas mulheres moçambicanas continuam a dar à luz em casa, sem assistência qualificada e tardam em procurar serviços de uma unidade de saúde, destaca a direção do Programa de Sobrevivência Materna e Infantil da Usaid, agência norte-americana para o desenvolvimento.

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Só 36% da população tem um centro de saúde ao qual pode chegar em meia-hora, enquanto outra parcela de 30% não tem acesso a nenhum tipo de cuidado, acrescenta. As moto-ambulâncias entregues pretendem “reforçar o transporte da mulher grávida, desde a comunidade onde se encontra até à respetiva unidade sanitária”.

O material entregue inclui kits de demonstração culinária com o objetivo de reduzir os índices de desnutrição.

O Programa de Sobrevivência Materna e Infantil é um consórcio liderado pela Jhpiego, entidade afiliada da Universidade Johns Hopkins, e que inclui as organizações Save The Children, John Snow e PATH. O consórcio trabalha com o Ministério da Saúde para aumentar o acesso da população a serviços de saúde reprodutivos, maternos, neonatais e infantis de qualidade, com foco nas províncias de Nampula (norte) e Sofala (centro).