Em vez de bancas, o Pitch Market tem pequenas lojas pop up e é com elas (50 nesta edição), que vai ocupar o Terreiro do Paço, em Lisboa, a partir desta quinta-feira e até domingo. O mercado acontece pela terceira vez e permanece fiel ao ramo do design de equipamento. Do mobiliário aos pratos e copos, tudo é para a casa e produção nacional. “Mudámos o paradigma dos mercados urbanos quando fomos para a decoração. Mas é uma forma de consumo completamente diferente. Ninguém compra nada para casa sem pensar duas vezes, mesmo sendo só um copo. Então com marcas pouco conhecidas, é preciso criar essa confiança”, afirma Tiago da Costa Miranda, responsável pela organização do mercado.

Desde a primeira edição, em 2015 (que a organização considera uma espécie de edição zero), que o Pitch Market se destacou dos restantes mercados urbanos. Tiago fala numa área da produção e da criatividade nacional pouco exposta ao público — a do design de equipamento –, sobretudo quando comparada com a moda e com os produtos chamados gourmet. A partir de quinta-feira, dia 21 de setembro, o Terreiro do Paço recebe a maior edição de sempre.

O que precisa saber

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O quê? Pitch Market
Quando? De 21 a 24 de setembro, das 11h às 21h
Onde? Terreiro do Paço (Lisboa)
Quanto? Entrada gratuita

O crescimento sente-se no número de contentores e marcas, mas também no número de sponsors, além do aumento esperado nas vendas, que já no ano passado superaram as expectativas. “Somos o único mercado urbano dedicado a esta área e já se começa a formar um público. Os que já existem são para profissionais, mas aqui as marcas começaram a ganhar consciência de que o design de equipamento é uma área a apostar e da qual os portugueses gostam”, explica Tiago.

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A partir desta quinta-feira, a terceira edição do Pitch Market monta 50 lojas pop-up dentro de contentores, no Terreiro do Paço, em Lisboa © Divulgação

Ao mesmo tempo que refere o potencial de exportação do setor, que tem tudo para “seguir o caminho da indústria do calçado”, o responsável pela iniciativa destaca o interesse que o público português, responsável por 70% das vendas, na última edição do Pitch Market. No que toca às marcas, o mercado vai ter de tudo um pouco. A Trinta Por Uma Linha é uma das marcas a levar o mobiliário para a Praça do Comércio, se bem que é nos têxteis e na cerâmica que se concentra a oferta. Nomes já conhecidos do público, como Laboratório d’Estórias e Anna Westerlund vão estar lado a lado com descobertas mais recentes: as almofadas da Alguidar, os brinquedos da So-So Store, as peças em cortiça de Tiago Sá da Costa, os cadernos ilustrados da Um Barra Um e os têxteis da Vianatece.

À medida que o Pitch Market ganha fama, são cada vez mais as marcas que se propõem participar, embora algumas tenham sido convidadas pela organização a habitar um contentor durante quatro dias. Vêm de todo o país e trabalham todas as matérias-primas. A diversidade de produtos é um dos critérios de seleção. “É como um pequeno centro comercial. Não há duas marcas que entrem em concorrência direta”, afirma Tiago.

A organização espera levar 120 mil visitantes ao Terreiro do Paço, num mercado que contraria a fama mais elitista do design de autor com um intervalo de preços que vai dos cinco aos 5.000 euros. A terceira edição chega ainda com uma programação paralela. Destaque para a exposição da Vista Alegre, com artesãos da fábrica centenária a mostrarem, ao vivo, os preceitos da pintura manual das peças. Alguns DJ, workshops e conversas em torno do setor do design completam a agenda.