A Reserva Federal (Fed) vai começar em outubro a reduzir o enorme montante de títulos de dívida que acumulou na sequência da crise financeira de 2008, para procurar sustentar uma economia com problemas.

A decisão foi anunciada esta quarta-feira, no final da reunião de dois dias do comité de política monetária da Fed (FOMC, na sigla em inglês).

Na altura, foi especificado que a Fed vai deixar uma pequena porção do seu balanço de 4,5 biliões (milhão de milhões) de dólares (3,8 biliões de euros) chegar à maturidade sem ser substituída.

Esta redução vai começar em outubro com um ritmo mensal de 10 mil milhões de dólares, subindo gradualmente ao longo de um ano, até chegar aos 50 mil milhões de dólares.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do FOMC, a presidente da Fed, Janet Yellen, afirmou que o banco central continua a acreditar que uma taxa de inflação persistentemente baixa, isto é, que permanece abaixo do objetivo de 2% da instituição desde há quatro anos, é temporária.

Yellen afirmou que vários fatores têm contribuído para este desempenho dos preços, um mercado laboral que ainda está a curar as feridas provocadas pela Grande Recessão, baixos preços da energia e um dólar forte, que tem reduzido os custos das importações. A chefe da Fed adiantou que iria ajustar a política se se admitir que as causas da inflação baixa se tornaram permanentes.

O banco central deixou as taxas de juro de referência inalteradas, mas sugeriu que possa haver mais uma em 2017, se a taxa de inflação subir. Já a atualização das previsões macroeconómicas em 2018 indiciam a ocorrência de três subidas das taxas de juro no próximo ano.

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