Seis listas apresentaram candidatura à Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, sendo uma da UGT, outra da CGTP e quatro independentes, disse esta sexta-feira à Lusa o presidente demissionário, Fernando Sequeira.

O período de entrega de candidaturas à Comissão de Trabalhadores da fábrica do grupo Volkswagen, em Palmela, terminou esta sexta-feira, e as eleições estão marcadas para 3 de outubro.

“Há seis listas candidatas, uma afeta à UGT, outra à CGTP e quatro listas de independentes, ou seja, de trabalhadores que não estão vinculados ao movimento sindical”, contou à Lusa o atual presidente demissionário da comissão de trabalhadores da Autoeuropa.

As eleições surgem na sequência da demissão da atual Comissão de Trabalhadores da fábrica de Palmela, depois de os trabalhadores da Autoeuropa terem decidido, em julho, avançar para uma greve histórica que se realizou em 30 de agosto, a primeira por razões laborais.

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Comissão de trabalhadores da Autoeuropa demitiu-se. Greve para dia 30 continua marcada

A nova Comissão de Trabalhadores irá negociar com a administração da Autoeuropa a compensação pela implementação dos novos horários de laboração contínua, na sequência da escolha desta fábrica para a produção a nível mundial do T-Roc.

Em causa estão os novos horários que tinham sido pré-negociados entre a Comissão de Trabalhadores e a administração da empresa, que acabaram por ser rejeitados pela maioria dos trabalhadores da fábrica.

Para além do trabalho em três turnos, o acordo previa o trabalho ao sábado, mediante uma compensação financeira de 175 euros mensais e mais um dia de férias e outras regalias previstas na legislação de trabalho para o trabalho por turnos.

O que está em causa na Autoeuropa. Conflito laboral ou guerra sindical?