Anthony Weiner, de 51 anos, ex-congressista do Partido Democrata, foi esta segunda-feira condenado em tribunal a 21 meses de prisão. Em causa estava a troca de mensagens sexualmente explicitas nas redes sociais (a prática é conhecida como “sexting”) com uma menor de idade.

Embora a defesa de Weiner pedisse a sua liberdade condicional por considerar que ele é um “homem doente” numa “espiral de auto-destruição”, a acusação garantia que Weiner revelava “um perigoso nível de falta de auto-controlo” e sabia, aquando da troca de mensagens, que a vítima se tratava de uma menor de idade. Anthony Weiner negou sempre ser pedófilo.

Mas o ex-congressista é reincidente no “sexting”. Sendo Weiner uma figura em ascensão na política norte-americana, não tardaria que o primeiro caso desse à estampa e se tornasse um escândalo. Foi em junho de 2011.

Anthony Weiner utilizava, então como agora, as redes sociais (nomeadamente o Twitter, Facebook, Skype ou Snapchat) para o “sexting” com mulheres. Quando foi denunciado, negaria inicialmente e afirmava mesmo que a sua conta havia sido pirateada por adversários republicanos. Mais tarde, Weiner acabaria por admitir que as mensagens era verdadeiras e demitir-se-ia do cargo de congressista. Começou à época a fazer terapia para controlar os seus impulsos sexuais.

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Mais tarde, e quando a poeira assentou, Weiner candidatou-se a mayor de Nova Iorque. Mas surgiria novo escândalo e mais casos de “sexting” nas redes socais. Anthony Weiner não utilizava mais o seu nome “político”, assinando as mensagens (aqui trocadas com uma mulher de 22 anos) como ““Carlos Danger”. Obteve somente 5% nas eleições primárias e afastar-se-ia outra vez da política ativa.

Weiner é casado com Huma Abedin. Abedin foi vice-presidente da campanha de Hillary Clinton nas últimas eleições presidenciais norte-americanas. Nunca se separou do marido em qualquer dos escândalos sexuais anteriores. Separar-se-ia este ano, quando foi divulgado um terceiro caso, agora envolvendo uma menor de 15 anos. A troca de mensagens sexuais aconteceu entre janeiro e março do ano passado. No final do mês passado, o New York Post divulgou uma fotografia que Weiner enviou a esta menor, apenas em roupa interior e deitado ao lado do filho de quatro anos na cama. Abedin anunciaria a separação pouco depois. E os serviços de proteção à infância de Nova Iorque abriram um inquérito por Weiner aparecer nas fotografias de teor sexual com o filho menor.

“Eu sabia que estava errado, que era ilegal”, afirmou Anthony Weiner, assumindo a culpa. “Tenho uma doença. Atingi o fundo”, acrescentou.